Festa litúrgica celebra-se a 3 de fevereiro mas é no terceiro domingo de agosto que a Igreja paroquial acolhe os principais festejos
A Freguesia de São Brás, na costa norte da ilha de São Miguel, no concelho da Ribeira Grande, festeja este fim de semana o seu santo padroeiro, embora a festa litúrgica seja assinalada a 3 de fevereiro.
O tríduo preparatório da festa, pregado pelo diácono Gaspar Pimentel, natural da Achada do Nordeste, termina esta sexta feira com uma procissão a partir da casa de um paroquiano que por promessa ficou com a função de ornamentar o andor do Santo padroeiro, que dali segue para a Igreja.
No sábado celebra-se às 20h00 a missa vespertina de festa e de seguida há a recolha de todos os restantes santos para a igreja. No domingo pelas 11h30 celebrar-se-á a Missa Solene de festa presidida pelo Pe Paulo Borges, pároco da Fajã de Baixo e capelão do Hospital do Divino Espírito Santo.
Pelas 18h30 sairá a procissão pelas ruas da freguesia ornamentadas com os tapetes de flores e verdura picada. Segunda feira a comunidade segue em procissão para o cemitério levando aos ombros a imagem primitiva do padroeiro seguindo-se a missa pelos defuntos da comunidade ali sepultados.
“A paróquia tem evoluído muito no sentido de dar importância ao exemplo do seu padroeiro”, refere o Pe Carlos Simas, pároco desde 2012, sublinhando que a preocupação na organização destas festas é sempre “conciliar um programa de meio termo, onde o humano e o divino se tocam não esquecendo que é muito importante neste tempo um forte encontro com Deus e com o próximo, sem descurar a troca de emoções e sentimentos com os nossos emigrantes que nos visitam”.
Também na ilha Terceira, este fim de semana a paróquia de São Brás, na zona pastoral do Ramo Grande, concelho da Praia da Vitória, vive as suas festas de verão em honra de Nossa Senhora do Pilar.
Refira-se, como curiosidade, que estas duas paróquias de São Miguel e da Terceira são as únicas em que as igrejas têm como orago principal São Brás, dando nome também à freguesia.
São Brás foi Bispo e Mártir. Segundo a biografia, foi proclamado bispo, mas recusou residir no paço episcopal optando por se isolar nas montanhas junto com os animais selvagens. A sua fama espalhou-se por ter curado uma criança que tinha uma espinha atravessada na garganta. Hoje este Santo é procurado por muitas pessoas com doenças da garganta e mesmo de outras doenças.