Papa vai apresentar bula «Rosto de misericórdia»

Cerimónia de convocação do jubileu começa junto da Porta Santa da Basílica de São Pedro, este sábado

O Papa Francisco vai apresentar este sábado a bula ‘Misericordiæ Vultus’ (rosto de misericórdia), com a qual convoca oficialmente o Jubileu da Misericórdia (dezembro de 2015-novembro de 2016).

O documento vai ser entregue simbolicamente aos arciprestes das basílicas papais e “representantes da Igreja no mundo”, durante a vigília da festa da Divina Misericórdia, diante da Porta Santa da Basílica de São Pedro, que vai ser aberta pela primeira vez desde o ano 2000.

Esta porta é aberta apenas durante o Ano Santo, permanecendo fechada no resto do tempo, e existem portas santas nas quatro basílicas papais: São Pedro, São João de Latrão, São Paulo fora de muros e Santa Maria maior.

O rito inicial quer mostrar simbolicamente que aos fiéis é oferecido, no jubileu, um percurso extraordinário para a salvação, precisa um comunicado divulgado pela Santa Sé.

O Papa anunciou a 13 de março a realização do 29.º jubileu na história da Igreja Católica, um Ano Santo extraordinário centrado no tema da Misericórdia, entre 8 de dezembro e 20 de novembro de 2016.

A Igreja Católica iniciou a tradição do Ano Santo com o Papa Bonifácio VIII, em 1300, e a partir de 1475 determinou-se um jubileu ordinário a cada 25 anos.

Até hoje houve 26 anos santos ordinários e dois extraordinários (anos santos da Reden­ção): em 1933 (Pio IX) e 1983 (João Paulo II).

 

O jubileu, com raízes no ano sabático dos hebreus, explica o Vaticano, “consiste num perdão geral, uma indulgência aberta a todos, e na possibilidade de renovar a relação com Deus e o próximo”.

Esta indulgência implica certas obras penitenciais, como peregrinações e visitas a igrejas.

A bula de convocatória indica as datas de início e encerramento do jubileu e a forma como o mesmo vai desenrolar-se.

O termo ‘bula’ vem do latim ‘bulla’ (objeto redondo) e indicava originalmente a cápsula metálica utilizada para proteger o selo de cera que se unia a um documento de especial importância, para certificar a sua autenticidade.

Com o passar do tempo, passou a indicar primeiro o selo e depois o próprio documento.

CR/Ecclesia

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