O Papa sublinhou hoje, no Vaticano, a importância de trabalhar pela unidade, num mundo “dilacerado por muitos conflitos”, falando aos participantes na audiência que assinalou o 80.º aniversário de fundação do Movimento dos Focolares
“Hoje, infelizmente, o mundo está ainda dilacerado por muitos conflitos e continua a ter necessidade de artífices de fraternidade e de paz entre os homens e entre as nações”, referiu, numa intervenção divulgada pela sala de imprensa da Santa Sé.
Francisco desafiou os membros do movimento fundado por Chiara Lubich a serem “testemunhas e construtores da paz que Cristo realizou com a sua cruz, vencendo a inimizade.”.
“Desde o fim da II Guerra Mundial até agora as guerras não acabaram. E nós não nos damos conta do drama da guerra”, alertou.
O Papa falou da sua passagem por cemitérios militares da I e II Guerra Mundial, nos últimos anos, onde chorou perante “vidas destroçadas” pela violência.
“Na guerra toda a gente perde, toda a gente. Só os fabricantes de armas ganham. E se não fossem fabricadas armas durante um ano, a fome no mundo poderia acabar. Isto é terrível. Temos de refletir sobre este drama”, sustentou.
Perante a presidente dos Focolares, Margaret Karram, e delegados dos vários países onde o movimento está presente, Francisco agradeceu pelo trabalho desenvolvido “no meio dos jovens, das comunidades, das famílias, das pessoas de vida consagrada, dos sacerdotes e dos bispos; e também nos diversos ambientes sociais”.
“Convido-vos a trabalhar para que o sonho de uma Igreja plenamente sinodal e missionária se realize cada vez mais. Começai pelas vossas comunidades, fomentando nelas um estilo de participação e de corresponsabilidade, mesmo a nível de governo”, apelou.