Francisco seguiu depois para Nápoles onde presidiu a uma Eucaristia e deixou mensagens para a Máfia
O Papa Francisco realizou hoje uma breve visita ao santuário mariano de Pompeia, onde rezou em silêncio e falou de improviso à multidão que o aguardava.
Francisco rezou a ‘pequena súplica’, a histórica oração composta pelo Beato Bartolo Longo, que me 1875 levou para Pompeia a imagem da Virgem Maria do santo Rosário.
“Nós te apresentamos as nossas misérias, os tantos caminhos do ódio e do sangue, as antigas e novas pobrezas, sobretudo os nossos pecados. Em ti confiamos, Mãe de Misericórdia! Obtém-nos o perdão de Deus! Ajuda-nos a construir um mundo, segundo o teu coração”; disse.
O Papa agradeceu depois o acolhimento de tantos que o esperavam do lado de fora do santuário e pediu oração.
“Muito obrigado, muito obrigado por este caloroso acolhimento. Todos rezamos a Nossa Senhora para que nos abençoe, a vocês, a mim, ao mundo inteiro. Precisamos que Nossa Senhora nos proteja em tantas coisas. Rezem por mim, não se esqueçam”, apelou.
Nesta oitava visita pastoral em Itália Francisco seguiu para Nápoles, onde presidiu à Eucaristia na Praça do Plebiscito e apelou à conversão dos criminosos e seus cúmplices, para resgatar a cidade de Nápoles e não deixar que lhes “roubem a esperança”.
“Aos criminosos e a todos os seus cúmplices, a Igreja repete: convertei-vos ao amor e à justiça, deixai-vos encontrar pela misericórdia de Deus! Com a graça de Deus, que tudo perdoa, é possível voltar a uma vida honesta”, disse Francisco na Eucaristia a que presidiu em Nápoles.
Aos napolitanos o Papa deixou palavras de esperança para que não cedam “à tentação dos ganhos fáceis ou dos rendimentos desonestos” e possam reagir “com firmeza às organizações que exploram e corrompem os jovens, os pobres e os fracos, com o cínico comércio da droga e outros crimes”.
“Queridos napolitanos, não deixeis que vos roubem a esperança” foi uma das frases mais aplaudidas na Praça do Plebiscito.
Francisco apelou para que a “corrupção e a delinquência não desfigurem o rosto” da cidade dizendo que é um “tempo de resgate para Nápoles: este é o meu desejo e a minha oração para uma cidade que tem em si tantas potencialidades”.
“Esperar é já resistir ao mal, esperar é olhar para o mundo com o olhar e com o coração de Deus”, afirmou.
Francisco pediu ainda a toda a multidão que o acompanhasse e repetisse com ele a frase “Jesus é o Senhor”, para conversão ao amor e à justiça.
“Hoje vim a Nápoles para proclamar juntamente convosco: Jesus é o Senhor! Ninguém fala como Ele! Só Ele tem palavras de misericórdia que podem curar as feridas do nosso coração”.
“A palavra de Cristo quer chegar a todos, em particular aos que vivem nas periferias da existência, para que encontrem nele o centro da sua vida e a fonte da esperança”, disse.
O Papa deixou ainda uma palavra aos sacerdotes para que, ao mostrarem a “misericórdia, a ternura e a amizade de Deus” através dos sacramentos, o “povo de Deus possa encontrar em vós homens misericordiosos como Jesus”.
Francisco terminou a homilia dizendo para que a multidão repetisse três vezes “Jesus é o Senhor” pedido que foi aceite, ouvindo-se a frase em toda a praça.
Depois em napolitano disse “E ca ‘a Maronna v’accumpagne!” (Que Nossa Senhora vos acompanhe) que todos responderam com palmas.
No final da Missa, o Papa segue para a prisão de Poggioreale, onde vai almoçar com alguns reclusos.
Foi criado um sítio online e perfis nas redes sociais Facebook e de microblogging Twitter para publicar notícias e informações sobre a nona visita pastoral em Itália do Papa Francisco, em quase dois anos de pontificado.
CR/Ecclesia