Papa renova críticas a sistema económico que «explora» as pessoas

Francisco desafia Igreja a servir pobres, doentes e marginalizados.

O Papa Francisco renovou hoje no Vaticano as críticas a um sistema económico que “explora” as pessoas e convidou os católicos a imitar Jesus no serviço aos pobres e marginalizados.

 

“Muitos carregam todos os dias o peso de um sistema económico que explora o homem, que lhes impõe um ‘jugo’ insuportável, que os poucos privilegiados não querem levar. A cada um destes filhos do Pai que está nos céus, Jesus repete: ‘Vinde a mim, todos vós’”, declarou, no encontro dominical para a recitação do ângelus.

 

Perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro, o Papa recordou os que são “oprimidos por condições de vida precárias, situações existenciais difíceis e por vezes privados de referências válidas”.

 

“Nos países mais pobres, mas também nas periferias dos países mais ricos, encontram-se muitas pessoas cansadas e desamparadas sob o peso insuportável do abandono e da indiferença. Quanto mal faz aos necessitados a indiferença humana e, pior ainda, a dos cristãos”, advertiu.

 

Francisco afirmou que Jesus tinha sempre um olhar atento para todas as pessoas que encontrava nas estradas da Galileia, “gente simples, pobre, doente, pecadora, marginalizada”.

 

Hoje, acrescentou, há “muitos homens e mulheres à margem da sociedade, provados pelo desemprego e também pela insatisfação da vida e a frustração”, e muitos são “obrigados a emigrar da sua pátria, colocando em risco a própria vida”.

 

O Papa falou também dos que “têm tudo” mas ficam com o “coração vazio”, “vazio e sem Deus”, porque “o convite de Jesus é para todos”.

 

“Invoquemos Maria Santíssima, que acolhe sob o seu manto todas as pessoas cansadas e desamparadas, para que através de uma fé iluminada, testemunhada na vida, possamos ser um alívio para quantos têm necessidade de ajuda, de ternura, de esperança”, apelou.

 

Após a oração, Francisco agradeceu o “caloroso” acolhimento que recebeu este sábado durante a sua visita à região italiana do Molise, afirmando que “nunca” o irá esquecer.

Scroll to Top