O Papa Francisco registou uma “nítida melhoria” no seu estado de saúde, informou hoje a equipa médica que o acompanha no Hospital Gemelli, em Roma, por causa de uma bronquite aguda.
“Com base na evolução previsível [da doença], o Santo Padre poderá ter alta nos próximos dias”, indica uma nota enviada aos jornalistas pelo Vaticano, esta tarde.
O diretor da sala de imprensa da Santa Sé, Matteo Bruni, precisou que Francisco, internado esta quarta-feira, passou a tarde de hoje “dedicando-se ao descanso, à oração e a alguns encargos de trabalho”.
A nota apresentou informações da equipa médica que acompanha o Papa, na instituição de saúde.
“No âmbito dos exames clínicos programados ao Santo padre, foi detetada uma bronquite de base infeciosa, que exigiu a administração intravenosa de terapia antibiótica, a qual produziu os efeitos esperados, com uma nítida melhoria do estado de saúde”, informa o comunicado oficial.
Esta foi a segunda nota do dia sobre o internamento de Francisco, após o Vaticano ter registado, esta manhã, uma “melhoria progressiva” do seu estado de saúde.
O comunicado adiantava que o Papa já retomou o trabalho no Hospital Gemelli de Roma, onde permanece internado.
“O Papa Francisco descansou bem durante a noite. O quadro clínico está em melhoria progressiva e continuam os tratamentos previstos”, referia Matteo Bruni.
A nota sublinhava que, esta manhã, Francisco “leu alguns jornais e retomou o trabalho”, após o pequeno-almoço, tendo antes rezado e comungado na capela do apartamento privativo do 10.º andar do Hospital Universitário Agostino Gemelli, onde já esteve internado de 4 a 14 de julho de 2021, após uma intervenção cirúrgica ao cólon.
Na tarde de quarta-feira, o Vaticano informou que o Papa, de 86 anos de idade, se vinha queixando de “dificuldades respiratórias”, situação que o levou fazer exames médicos.
Francisco foi diagnosticado com uma infeção respiratória, que “exigirá alguns dias de terapia médica hospitalar adequada”, referia a nota enviada aos jornalistas.
Esta instituição de saúde acolheu, em várias ocasiões, ao Papa João Paulo II, a última das quais em 2005, pouco antes da sua morte, a 2 de abril.
Dezenas de jornalistas estão a acompanhar a situação, no exterior das instalações, onde se congregam também vários curiosos.
No Vaticano, a Praça de São Pedro está a receber os preparativos para a Missa do Domingo de Ramos, que dá início à Semana Santa, prevista para as 10h00 (horas locais, menos uma em Lisboa).
O calendário anunciado pela Santa Sé, na última semana, prevê que o Papa presida, na Quinta-feira Santa (6 de abril), à Missa Crismal (09h30) na Basílica do Vaticano, concelebrada pelos patriarcas, cardeais, arcebispos, bispos e presbíteros (diocesanos e religiosos) presentes em Roma.
Tal como em anos anteriores, o calendário oficial não adiantava o local escolhido para a Missa da Ceia do Senhor, com o rito do lava-pés, a que Francisco preside habitualmente fora do Vaticano – em 2022, celebrou na prisão de Civitavecchia, arredores de Roma, numa visita privada à cadeia.
A Sexta-feira Santa conta com duas cerimónias: a celebração da Paixão do Senhor, na Basílica do Vaticano, pelas 17h00; e a tradicional Via-Sacra no Coliseu de Roma, a partir das 21h15.
A Vigília Pascal vai ser celebrada na Basílica de São Pedro, pelas 19h30 de sábado.
A Missa de Domingo de Páscoa está marcada para as 10h00, na Praça de São Pedro, antes da Bênção ‘urbi et orbi’ (à cidade [de Roma] e ao mundo).
(Com Ecclesia)