Francisco assinalou comemoração dos fiéis defuntos lembrando vítimas da miséria e cristãos perseguidos
O Papa assinalou hoje no Vaticano a comemoração dos fiéis defuntos e pediu orações pelos mortos de que “ninguém” se lembra.
“Hoje somos chamados a recordar todos, também aqueles que ninguém recorda. Lembremos as vítimas das guerras e da violência, os pequenos do mundo esmagados pela fome e pela miséria, os anónimos que repousa, nos ossuários comuns”, referiu, perante dezenas de milhares de pessoas reunidas na Praça de São Pedro para a recitação do ângelus.
Francisco lembrou ainda os “irmãos e irmãs que são mortos por serem cristãos” e os que “sacrificaram a sua vida para servir os outros”.
“Confiemos ao Senhor especialmente os que nos deixaram no decorrer do último ano”, acrescentou.
O Papa observou que a recordação dos defuntos o cuidado com as sepulturas e as orações de sufrágio são um “testemunho de esperança confiante, radicada na certeza que a morte não é a última palavra sobre o destino humano”, porque o homem “está destinado a uma vida sem limites, que tem a sua raiz e o seu cumprimento em Deus”.
Francisco proferiu uma oração por todos os que morreram a “Deus de infinita misericórdia”, pedindo para que, apesar das “pobrezas, fragilidades e misérias” de cada ser humano, ninguém se “perca no fogo eterno do inferno, onde já não pode haver arrependimento”.
“Que a irmã morte corporal nos encontre vigilantes na oração e carregados de todos os bens feitos no decurso da nossa breve ou longa existência. Senhor, que nada nos afaste de ti nesta terra”, declarou.
Nesse sentido, a intervenção recordou que a Igreja sempre exortou à oração pelos defuntos, em particular oferecendo por eles as celebrações eucarísticas, que Francisco apresentou como a “melhor ajuda espiritual” que se pode dar.
Francisco associou a celebração de hoje à solenidade de Todos os Santos (1 de novembro), afirmando que as duas estão “intimamente ligadas”, da mesma forma que “a alegria e as lágrimas encontram em Jesus Cristo uma síntese” que é fundamento da fé e da esperança dos cristãos, uma “esperança que nunca desilude”.
O Papa apelou à intercessão da Virgem Maria para que ajude todos os que vivem a “peregrinação na terra” a “não perder nunca de vista a meta última da vida, que é o Paraíso”.
“Desejo a todos um bom domingo, na recordação cristã dos nossos caros defuntos. Não vos esqueçais de rezar por mim”, concluiu.
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