Francisco recebe delegação da Finlândia, apontando aos riscos de «confronto» no Báltico
O Papa apelou hoje à união dos cristãos contra a guerra, evocando em particular o conflito em curso na Ucrânia.
“Ouvimos o eco do nosso Batismo que nos chama, enquanto justificados pela graça, a realizar gratuitamente obras de justiça, a praticar gestos concretos de proximidade a quem é vítima de injustiça, rejeição, de várias formas de opressão e, sobretudo, de guerras”, referiu, ao receber uma delegação ecuménica finlandesa, no Vaticano.
O encontro anual acontece por ocasião da festa de Santo Henrique (20 de janeiro), bispo e mártir, padroeiro da Finlândia.
Francisco evocou a imagem do Mar Báltico, “fonte de vida ameaçada pela ação do homem, ponto de encontro dolorosamente afetado pelo clima de confronto causado pela feroz insensatez da guerra que é sempre uma derrota, sempre”.
“Como testemunhas da fé em Cristo, que mergulhou na fragilidade da nossa condição humana, somos chamados a mergulhar nas feridas dos necessitados. E a fazer isso juntos”, acrescentou.
A reflexão, divulgada pelo Vaticano, sublinhou a condição comum de batizados, dos cristãos, pedindo que todos possam ser “filhos reconciliados” e “agentes de reconciliação no mundo”.
O Papa falou da Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos (18-25 de janeiro), destacando a necessidade de “superar o contratestemunho dado pelas lacerações históricas” entre Igrejas e comunidades.
“Em tudo reconhecemos como é grande a unidade que nos une e como é importante rezar juntos, trabalhar assiduamente e dialogar intensamente para superar as divisões e ser, segundo a vontade do Senhor, um na comunhão trinitária, para que o mundo creia”, apontou.
(Com Ecclesia)