O Papa celebrou hoje no Vaticano a Missa Vespertina da Solenidade do Pentecostes, e desafiou as pessoas a estarem atentas aos “gritos” de dificuldade que brotam da sociedade, dos seus meios e comunidades.
“Trata-se de abrir os olhos e os ouvidos, mas sobretudo de abrir o coração, de escutar com o coração. Só assim nos poderemos pôr a caminho, só assim sentiremos dentro de nós o fogo do Pentecostes”, apontou Francisco na homilia da celebração, na Praça de São Pedro.
A celebração do Pentecostes invoca a passagem bíblica em que o Espírito Santo desceu sobre os discípulos de Jesus em forma de línguas de fogo.
O Papa argentino frisou que o Espírito Santo de Deus é não só fogo mas também “água vida que lava e fecunda a Igreja”.
“Quanto eu gostava que as gentes de Roma reconhecessem na Igreja, que reconhecessem em nós a misericórdia de Cristo Ressuscitado, a sua humanidade e ternura, de que tanto precisam”, sublinhou, alertando para os projetos humanos que muitas vezes “estão ao serviço de um Eu cada vez maior”, que buscam chegar ao céu mas “a um céu onde não há um espaço para Deus”.
“Somos sempre um pouco curtos de vista e de coração, isolados em nós mesmos acabamos por perder o horizonte”, alertou.
Para Francisco, a festa do Pentecostes é essencial porque simboliza “a primazia do Espírito” que deixa a humanidade “boquiaberta perante os desígnios imprevisíveis de Deus”, e logo, que o Homem não sabe nem pode tudo.
“Se o orgulho ou uma presumível superioridade moral não nos toldarem os ouvidos, perceberemos que o grito de tantas pessoas hoje não é mais do que um autêntico grito do Espírito Santo. É o Espírito que nos impulsiona uma vez mais a não nos contentarmos”, completou.
Este domingo, o Papa Francisco preside à Missa da Solenidade do Pentecostes, a partir das 9h30 (menos uma hora em Lisboa) na Praça de S. Pedro, no Vaticano.
(Com Ecclesia)