O Papa Francisco nomeou hoje como bispo auxiliar de Lisboa D. Américo Aguiar, até agora presidente do Conselho de Gerência da Renascença e diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.
Natural da Diocese do Porto, D. Américo Aguiar nasceu a 12 de dezembro de 1973 e foi ordenado sacerdote em 2001; é presidente da Irmandade dos Clérigos desde 2011 e, desde 2016, presidente das empresas do Grupo Renascença Multimédia e diretor do Secretariado Nacional das Comunicações Sociais.
O novo bispo auxiliar de Lisboa enviou uma saudação, através das redes sociais e do canal do Patriarcado, no YouTube, com uma mensagem onde afirma a “alegria do anúncio do Evangelho”.
“Venho ao encontro de cada um de vós, dos mais velhos, dos mais novos, dos doentes, dos que vivem tantas e tantas circunstâncias da vida, momentos de treva, dificuldade, e porventura até se sentem abandonados”, assinala.
D. Américo Aguiar dirige-se de forma especial aos jovens, “que têm um desafio enorme, em Lisboa, para os próximos anos”, por acolherem em 2022 a próxima edição internacional da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O novo bispo auxiliar mostra a convicção de que os portugueses serão capazes de fazer “a melhor” JMJ, para “todos os jovens do mundo”, reafirmando que a jornada “há de ser feita pelos jovens e para os jovens”.
“Conto convosco e conto com cada um de vós para a organização da mesma”, refere, na sua saudação.
“Nós somos capazes”, acrescenta D. Américo Aguiar.
O responsável cita D. António Francisco dos Santos, falecido bispo do Porto, de quem foi colaborador: “Não devemos temer a bondade”.
“Só pela bondade aprenderemos a fazer do poder um serviço, da autoridade uma proximidade e do ministério uma paixão pela missão de anunciar a alegria do Evangelho”, recorda.
D. Américo Aguiar escolheu para lema episcopal as últimas palavras de Jesus na cruz, ‘In manus tuas’ (Nas tuas mãos), em homenagem a D. António Francisco, que o adotou também.
O bispo auxiliar de Lisboa evocou figuras da Igreja como os cardeais-patriarcas D. António Ribeiro e D. José Policarpo, ou os bispos do Porto D. Armindo Lopes Coelho, que o ordenou padre, e D. António Francisco dos Santos, antes de deixar uma mensagem e “gratidão” à sua família e à sua diocese natal.
O bispo do Porto afirmou numa mensagem de “saudação e agradecimento” pela nomeação episcopal de D. Américo Aguiar que o sacerdote “leva consigo uma vasta experiência” e disse que deixa uma “marca indelével” na Irmandade dos Clérigos.
Já o cardeal-patriarca saudou o novo bispo auxiliar de Lisboa, considerando que D. Américo Aguiar teve “um percurso pastoral notável”.
O Patriarcado de Lisboa contava até agora, como bispos auxiliares, com D. Daniel Henriques e D. Joaquim Mendes; o cardeal-patriarca, D. Manuel Clemente, está à frente da diocese desde 2013.
“Eu hei de aprender com eles, sempre e cada vez mais”, assinala D. Américo Aguiar.
Em 2014, o prelado publicou o livro “Um padre na aldeia global – Evangelização e o Desafio das Novas Tecnologias”, resultado de uma investigação para o curso de Mestrado em Ciências da Comunicação.
O bispo auxiliar de Lisboa foi nomeado com o título simbólico de Dagno, diocese histórica na atual Albânia.
(Com Ecclesia)