Ordenação episcopal marcada para 21 de julho, no Mosteiro dos Jerónimos
O Papa nomeou hoje, como bispos auxiliares de Lisboa, D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma, membros do clero do Patriarcado, informou a Nunciatura Apostólica em nota enviada à Agência Ecclesia.
D. Nuno Isidro Nunes Cordeiro, de 59 anos, é vigário-geral do Patriarcado de Lisboa, desde 2011, e diretor espiritual do Seminário dos Olivais desde 2017, além de membro nato do Conselho Presbiteral.
D. Alexandre Coutinho Lopes de Brito Palma, de 45 anos, tinha sido nomeado a 31 de maio como presidente da Fundação JMJ Lisboa 2023.
O novo auxiliar leciona na Universidade Católica Portuguesa, onde é professor auxiliar e vice-diretor da Faculdade de Teologia; desde 2012, é prefeito no Seminário dos Olivais e pertence ao Conselho Presbiteral por escolha do Patriarca de Lisboa.
A ordenação episcopal de D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma vai ter lugar no dia 21 de julho, às 16h00, na Igreja de Santa Maria de Belém, Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa.
Os responsáveis passam a integrar a equipa episcopal de Lisboa, com o patriarca D. Rui Valério e D. Joaquim Mendes, bispo auxiliar.
Numa saudação divulgada após o anúncio das nomeações, D. Rui Valério destaca que aos dois novos bispos auxiliares são “pastores dedicados e próximos do santo povo de Deus”.
Segundo o patriarca de Lisboa, D. Nuno Isidro e D. Alexandre Palma trazem à diocese “o cunho da sua vocação de serviço a Cristo e à Igreja”.
“Em cada um dos novos bispos auxiliares confluem qualidades excecionais, que enriquecerão a caminhada cristã das paróquias, comunidades e todas as realidades sociais, culturais e humanas do Patriarcado”.
O responsável manifesta a sua gratidão ao Papa Francisco, por estas nomeações, sinal do “o cuidado que permanentemente tem” com o Patriarcado de Lisboa.
“No rescaldo do entusiasmo que a Jornada Mundial da Juventude trouxe à nossa diocese, eis que ele designa dois trabalhadores para que, nesta vinha do Senhor, alcancemos a plenitude das medidas e dos critérios de Jesus Cristo”, declara.
O patriarca de Lisboa convida a um trabalho conjunto numa diocese que “está a caminhar ao ritmo da sinodalidade” e “faz do desafio missionário o seu pão quotidiano”.
“A nossa diocese, o Patriarcado de Lisboa, que se encaminha a passos largos para a festa da esperança que o ano jubilar nos irá proporcionar. Caro D. Nuno Isidro, caro D. Alexandre Palma: parabéns, bem-vindos!”, conclui.
D. Rui Valério foi nomeado por Francisco a 10 de agosto de 2023, sucedendo no cargo a D. Manuel Clemente, que apresentou a sua renúncia ao Papa, após ter atingido o limite de idade (75 anos) determinado pelo Direito Canónico para o exercício do ministério.
Em entrevista à Agência ECCLESIA, emitida esta quarta-feira, o patriarca de Lisboa admitia que estes dez meses de missão tinham sido “intensos” e sublinhava a necessidade de contar com “uma equipa completa de bispos auxiliares”.
“As comunidades estão habituadas a uma cultura de uma proximidade. O bispo faz parte, o que é muito bom, porque significa que é uma forma indireta de prosseguir na chamada sinodalidade”, justificava.
Lisboa, onde a presença da Igreja remonta aos primeiros séculos do Cristianismo, foi elevada a metrópole eclesiástica, em 1393; em 1716 o Papa Clemente XI elevou a capela real a basílica patriarcal, ficando a antiga diocese dividida em duas até 1740, ano em que foi reunificada.
Sucederam-se até hoje 18 patriarcas, de D. Tomás de Almeida a D. Rui Valério.
(Com Ecclesia)