Papa manifesta “apreensão” perante agravamento do conflito entre Israel e Palestina

Foto: Lusa

O Papa manifestou hoje a sua “apreensão” com o agravamento do conflito entre Israel e Palestina, apelando ao fim da violência.

“Sigo com apreensão e dor o que está a acontecer em Israel, onde a violência explodiu com ainda mais rapidez, provocando centenas de mortes e feridos”, disse, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação da oração do ângelus.

Pelo menos 300 pessoas morreram em Israel na sequência do ataque do movimento islâmico Hamas, este sábado, e outras mais de 300 pessoas foram mortas no âmbito da contraofensiva aérea israelita sobre Gaza.

Francisco manifestou a sua proximidade às famílias das vítimas, rezando por elas e “por todos os que estão a viver horas de terror e de angústia”, para que “se coloque um ponto final aos ataques e às armas”.

“Que se compreenda que o terrorismo e a guerra não levam a nenhuma solução, apenas à morte, ao sofrimento de tantos inocentes”, desejou.

O Papa sustentou que “qualquer guerra é uma derrota”.

“Rezemos para que haja paz em Israel e na Palestina”, pediu aos peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

Francisco convidou ainda a rezar, por intercessão da Virgem Maria, pelo “dom da paz” para “os muitos países do mundo marcados por guerras e conflitos”.

“Continuemos a recordar a querida Ucrânia, que sofre tanto, todos os dias, tão martirizada”, referiu.

Em Jerusalém, o Patriarcado Latino (Igreja Católica) suspendeu todas as celebrações ligadas à criação cardinalícia de D. Pierbattista Pizzaballa.

O patriarca reagiu em comunicado à “súbita explosão de violência” deste sábado, recordando a morte de “muitos palestinos e israelitas, nos últimos meses”.

Para o cardeal Pizzaballa, o atual cenário é “muito preocupante”, devido à sua “extensão e intensidade”.

“A operação lançada a partir de Gaza e a reação do exército israelita estão a trazer-nos de volta ao pior período da nossa história recente. As muitas baixas e tragédias, com que as famílias palestinas e israelitas têm de lidar, criarão mais ódio e divisão e destruirão cada vez mais qualquer perspetiva de estabilidade”, adverte o patriarca latino de Jerusalém.

O responsável católico apela à comunidade internacional e aos líderes religiosos da região para que procurem “restabelecer a calma e trabalhar para garantir o direitos fundamentais das pessoas”, rejeitando discursos de “ódio e extremismo”.

“O contínuo derramamento de sangue e as declarações de guerra lembram-nos, mais uma vez, a necessidade urgente de encontrar uma solução duradoura e abrangente para o conflito palestino-israelita, nesta que é chamada ser uma terra de justiça, de paz e de reconciliação entre os povos”, escreve, numa nota divulgada online.

(Com Ecclesia)

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