O Papa alertou hoje no Vaticano para a “chaga” do tráfico humano, que recorre a novas tecnologias para enganar cada vez mais pessoas.
“Para curar esta chaga, porque é verdadeiramente uma chaga, que explora os mais fracos, é preciso o compromisso de todos: instituições, associações e agências educativas”, declarou, desde a janela do apartamento pontifício, perante visitantes e peregrinos reunidos para a recitação do ângelus, na Praça de São Pedro.
A Igreja Católica celebrou este sábado, na memória litúrgica de Santa Josefina Bakhita, um Dia Mundial de oração e reflexão contra a o tráfico de pessoas.
O Papa recordou o tema, hoje, referindo que “diversas pesquisas confirmam que as organizações criminosas usam cada vez mais os modernos meios de comunicação para atrair as vítimas, de forma enganosa”.
“É necessário, por um lado, educar para um uso saudável dos meios tecnológicos e, por outro, vigiar e chamar à responsabilidade quem fornece esses serviços de telecomunicações”, apelou.
Antes, na sua reflexão dominical, Francisco sublinhou que a Igreja “se gasta, com generosidade e ternura, pelos pequenos e pobres, ouvindo o grito dos últimos e dos excluídos”.
“Trata-se de resistir ao pecado, à degradação moral, testemunhando os valores da honestidade e da fraternidade”, declarou.
O Papa sustentou que os católicos têm uma missão de evangelização e serviço, sem “esconder-se” do mundo.
“O discípulo de Jesus é luz quando sabe viver a própria fé fora de espaços restritos, quando contribui para eliminar os preconceitos, as calúnias, e para fazer entrar a luz da verdade nas situações viciadas pela hipocrisia e a mentira”, afirmou.
(Com Ecclesia)