“Esperar juntos”, é o tema da 43ª viagem apostólica
O Papa Francisco viaja hoje para a Mongólia, a partir das 18h30 de Roma (menos uma hora em Lisboa), para “visitar os irmãos e irmãs” deste país asiático, onde a Igreja tem 1500 fiéis, até 4 de setembro.
“Partirei para o continente asiático para visitar os meus irmãos e irmãs da Mongólia. Peço-vos que me acompanhem nesta viagem com as vossas orações”, pediu o Papa, esta quarta-feira, na audiência geral, no Vaticano.
A 43ª viagem apostólica, ao encontro de uma Igreja com 1500 fiéis, “uma das menores do mundo”, que “renasceu” há 30 anos, tem como tema ‘Esperar juntos’, entre hoje, 31 de agosto, e 4 de setembro, segundo o programa estão previstos quatro discursos e uma homilia.
“Uma viagem de alguns dias ao coração da Ásia, à Mongólia. Trata-se de uma visita muito desejada. Será uma ocasião para abraçar uma Igreja pequena nos números, mas viva na fé e grande na caridade”, disse Francisco, no domingo, desde a janela do apartamento pontifício, após a recitação do ângelus.
O lema ’Esperar juntos’, explicou a Sala de Imprensa da Santa Sé, “deseja” destacar o “duplo significado da viagem apostólica” do Papa à Mongólia: “da visita pastoral e da visita de Estado”, e apresenta a “virtude puramente cristã (a esperança)”, mas amplamente partilhada também “em ambientes não cristãos, associando-a ao advérbio juntos”, para sublinhar a importância da colaboração bilateral entre a Santa Sé e a Mongólia”.
O logotipo da viagem é constituído pelo mapa da Mongólia, delineado com as cores vermelha e azul da bandeira nacional, no interior tem “uma ger (casa tradicional da Mongólia), de onde sai fumo amarelo (cor do Vaticano)”, e uma cruz; a ger e a cruz estão entre o lema (‘Esperar juntos’) escrito na língua tradicional mongol, na vertical.
Sobre o programa desta visita apostólica, terra onde após a primeira proclamação do Evangelho, “no primeiro milénio, todos os vestígios foram perdidos”, a convite do presidente da Mongólia e das autoridades eclesiásticas, estão previstos quatro discursos e uma homilia, entre 31 de agosto a 4 de setembro.
O Papa viaja esta quinta-feira, 31 de agosto, às 18h30 de Roma (menos uma em Lisboa), do Aeroporto Internacional Roma/Fiumicino, com destino a Ulan Bator, a capital da Mongólia, onde chega no dia 1 de setembro, às 10h00 locais, ao Aeroporto Internacional ‘Chinggis Khaan’, onde se realiza a receção oficial.
A cerimónia de boas-vindas é no sábado, dia 2 de setembro, às 09h00 locais, em Sukhbaatar, praça central de Ulan Bator, seguindo-se uma visita de cortesia ao presidente da Mongólia, Ukhnaagiin Khürelsükh, no Palácio de Estado.
O programa da visita continua, às 10h20, com o primeiro discurso de Francisco, às autoridades, a sociedade civil e o corpo diplomático, na sala ‘Ikh Mongol’, do Palácio de Estado; a partir das 11h00, o Papa encontra-se com o presidente do Parlamento da Mongólia, o Grande Hural de Estado, e às 11h10, com o primeiro-ministro.
Na tarde de sábado, 2 de setembro, às 16h00, realiza-se de Francisco com os bispos, sacerdotes, missionários, consagrados, consagradas e agentes pastorais, na Catedral dos Santos Pedro e Paulo, o seu segundo discurso.
No domingo, 3 de setembro, estão previstos dois eventos: o encontro ecuménico e inter-religioso, às 10h00 locais, no ‘Hun Theatre’, com o terceiro discurso, e à tarde, a Missa, com homilia de Francisco, às 16h00, na ‘Steppe Arena’.
A visita do Papa à Mongólia termina no dia 4 de setembro, segunda-feira; neste último dia Francisco encontra-se com agentes de caridade, e inaugura a ‘Casa da Misericórdia’, às 09h30, onde pronuncia o último discurso.
A cerimónia de despedida, no Aeroporto Internacional ‘Chinggis Khaan’, na capital mongol, Ulan Bator, começa às 11h30 locais; ao meio-dia, a partida para o Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci-Roma/Fiumicino onde está previsto chegar às 17h20 locais, informa o portal ‘Vatican News’.
O Papa recebeu em 2022 uma delegação do governo mongol, que fez o convite oficial para visitar o país asiático; Francisco será o primeiro pontífice a deslocar-se à Mongólia, país que São João Paulo II ia visitar em 2003, sendo impedido devido ao agravamento do seu estado de saúde.
(Com Ecclesia)