Iniciativa promovida pela Comunidade de Santo Egídio, em Roma, vai dar voz à irmã do padre Jacques Hamel, assassinado em França
O Papa Francisco vai rezar hoje em Roma pelos “novos mártires” dos séculos XX e XXI, numa iniciativa promovida pela comunidade católica de Santo Egídio.
No decorrer da celebração, estão previstos testemunhos de parentes e amigos de três mártires cuja memória está preservada na Basílica de São Bartolomeu, incluindo a irmã do padre Jacques Hamel, assassinado durante a Missa em Rouen, na França, a 26 de julho de 2016.
Após a homilia, o Papa vai passar em homenagem pelas seis capelas laterais da Basílica que conservam relíquias de mártires da Europa, África, América e Ásia, adianta a Rádio Vaticano.
“Vão ser acesas velas para acompanhar a oração pronunciada em memória das testemunhas da fé do século XX até os nossos dias: serão lembrados os arménios; os cristãos massacrados durante a I Guerra Mundial; os mártires da paz e do diálogo como os monges trapistas na Argélia; o padre Andrea Santoro na Turquia; as vítimas da máfia”, acrescenta a nota.
Os presentes vão rezar ainda por figuras como a do arcebispo salvadorenho D. Oscar Arnulfo Romero, os bispos Mar Gregorios Ibrahim, Paul Yazigi e opadre Paolo Dall’Oglio, de quem não se tem notícia desde que foram sequestrados na Síria.
No final da oração, o Papa Francisco vai encontrar-se com um grupo de refugiados que chegou à Itália graças aos corredores humanitários criados com o apoio da Comunidade de Santo Egídio, além de mulheres vítimas do tráfico humano e menores desacompanhados.
Desde o Jubileu do ano 2000, a pedido de São João Paulo II, a Basílica de São Bartolomeu custodia relíquias de mais de trinta mártires.
A Comunidade de Santo Egídio é uma organização católica fundada em 1968 por Andrea Riccardi, no bairro de Trastevere, em Roma, Itália, que se dedica à caridade, à evangelização e à promoção da paz.
Atualmente este movimento de leigos está presente em mais de 70 países, incluindo Portugal.