O Papa deslocou-se hoje à Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, uma igreja da sua devoção, para rezar pela paz num “mundo em perigo”.
“Vinde socorrer-nos nestes tempos subjugados pela injustiça e devastados pelas guerras, enxugai as lágrimas dos rostos sofredores de quem chora a morte dos seus entes queridos, despertai-nos do torpor que obscureceu o nosso caminho e tirai do nosso coração as armas da violência”, disse, numa oração dirigida à Virgem Maria, após a recitação do Rosário.
Francisco foi acompanhado, nesta celebração, pelos participantes na Assembleia Sinodal que está em curso no Vaticano e vários responsáveis políticos.
“Intercedei pelo nosso mundo em perigo, para que preserve a vida e rejeite a guerra, cuide dos que sofrem, dos pobres, dos indefesos, dos doentes e dos aflitos, e proteja a nossa casa comum”, acrescentou, diante do ícone da ‘Salus Populi Romani’.
“Acolhei o nosso grito! Precisamos do vosso olhar de amor que nos convida a confiar no vosso Filho Jesus”, acrescentou.
O Papa intercedeu por uma humanidade que “perdeu a alegria da paz e o sentido da fraternidade”.
“Ó Rainha do Santo Rosário, desatai os nós do egoísmo e dissipai as nuvens sombrias do mal”, pediu.
“Ó Rainha da Paz, de vós imploramos a misericórdia de Deus. Convertei os que alimentam o ódio, silenciai o ruído das armas que geram a morte, extingui a violência que grassa no coração humano e inspirai projetos de paz nas mãos de quem governa as nações”.
A ‘Salus Populi Romani’ é um dos mais famosos e venerados ícones marianos, particularmente v pelos romanos; o seu nome vem da tradição de levar a imagem em procissão pelas ruas de Roma, para afastar perigos.
O Papa reza sempre diante deste ícone, antes das viagens internacionais, e já disse que pretende ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, uma das quatro maiores basílicas de Roma.
Para esta segunda-feira, memória litúrgica de Nossa Senhora do Rosário, Francisco convocou um dia de oração e jejum pela paz, perante o agravamento de vários conflitos.
Esta manhã, no Vaticano, o Papa apelou a um cessar-fogo “imediato” no Médio Oriente, que ponha fim aos ataques entre Israel, Palestina, Líbano e Irão.OC