O Papa encontrou-se hoje com mais de uma centena de representantes diplomáticos da Santa Sé, em todo o mundo, a quem recordou os deveres de “obediência”, lealdade e discrição, no desempenho das suas funções.
“É, por isso, inconciliável ser representante pontifício e criticar o Papa, pelas costas, ter blogues ou mesmo unir-se a grupos hostis a ele, à Cúria e à Igreja de Roma”, advertiu, num texto entregue a estes responsáveis e divulgado pelo Vaticano, antes de um encontro de duas horas, à porta fechada.
O documento desafia os núncios (embaixadores da Santa Sé) a evitar qualquer situação de potencial “fraude” e a rejeitar as “calúnias”.
Francisco pede ainda atenção a presentes que possam ter um valor excessivo, desejando que os representantes da Santa Sé não procurem luxo ou roupas “de marca”, em particular quando desempenham funções junto de pessoas que vivem sem o mínimo necessário.
O texto sublinha que estes responsáveis não são meros “funcionários” do Papa ou da Santa Sé, pelo que devem cultivar uma vida de oração.
Até sábado, 103 representantes pontifícios (98 núncios apostólicos e cinco observadores permanentes) estão no Vaticano para uma série de encontros com o Papa e seus colaboradores, numa iniciativa que decorre a cada três anos.
Antes da sua reunião desta manhã, Francisco quis recordar o núncio apostólico na Argentina, D. León Kalenga Badikebele, que faleceu em Roma, esta quarta-feira, vítima de doença súbita.
(Com Ecclesia)