Encontros com comunidade católica e diálogo ecuménico na agenda do santo padre
O Papa Francisco presidiu hoje a uma Missa no santuário mariano de Sumuleu-Ciuc, na Roménia, destino histórico de peregrinação para os católicos de língua húngara da Roménia e de outros países, perante mais de 85 mil pessoas.
Num dia de muita chuva, Francisco chegou de carro desde a localidade de Targu Mures, cerca de 280 quilómetros a norte da capital romena, para onde tinha seguido, em avião, desde Bucareste, percorrendo depois em papamóvel o anfiteatro natural onde fica situado o santuário, junto aos participantes na celebração.
Durante a homilia da Missa Votiva de Maria Mãe da Igreja, celebrada em latim, o Papa manifestou a sua “alegria e gratidão” por poder visitar um santuário “rico de história e fé”.
“Os santuários, lugares quase ‘sacramentais’ duma Igreja-hospital-de-campo, guardam a memória do povo fiel, que, no meio das suas tribulações não se cansa de procurar a fonte de água viva onde avivar a esperança”, declarou.
O local acolhe anualmente uma grande peregrinação, no sábado de Pentecostes (8 de junho, em 2019).
Francisco sublinhou que esta peregrinação anual pertence à herança da Transilvânia, mas “honra conjuntamente as tradições religiosas romena e húngara”, acolhendo também fiéis doutras confissões.
A Missa contou com a presença da primeira-ministra romena Viorica Dancila e do presidente húngaro, János Áder, na condição de “peregrino”.
O Papa falou do santuário num “símbolo de diálogo, unidade e fraternidade”, em particular entre as Igrejas cristãs – a Roménia é um país de maioria ortodoxa, onde os católicos são cerca de 7% da população.
“As complexas e tristes vicissitudes do passado não devem ser esquecidas nem negadas, mas também não podem constituir um obstáculo ou um argumento para impedir a ansiada convivência fraterna”, apelou o pontífice.
“A quem arrisca, o Senhor não dececiona. Caminhemos, e caminhemos juntos, deixando que o Evangelho seja o fermento capaz de impregnar tudo e dar aos nossos povos a alegria da salvação”, concluiu.
No final da celebração, o Papa oferece uma rosa de ouro ao Santuário de Sumuleu-Ciuc, em sinal de reconhecimento, seguindo depois para a Casa Arquidiocesana Jakab Antal Ház, onde almoça.
De tarde, em Iasi, centro político, económico e cultural da província da Moldávia e uma das cidades mais antigas da Roménia, o Papa Francisco visita a catedral de Santa Maria, Rainha; no local, encontra-se o memorial dedicado ao Beato Anton Durcovici, bispo de Iasi e mártir em 1951.
O dia de sábado conclui-se com um encontro que vai reunir dezenas de milhares de jovens e famílias, na praça em frente ao Palácio da Cultura em Iasi.