O Papa encerrou hoje em Singapura a viagem mais longa do seu pontificado, iniciada a 2 de setembro, reforçando os apelos ao diálogo, à paz e à defesa do ambiente.
Após passagens pela Indonésia, Papua-Nova Guiné e Timor-Leste, Francisco despediu-se do arquipélago num encontro inter-religioso com jovens e uma visita a idosos e doentes.
A visita a Singapura, iniciada na tarde de quarta-feira, deixou elogios ao “mosaico” de etnias, culturas e religiões do país, bem como ao seu desenvolvimento, nas últimas décadas, sem esquecer a defesa dos direitos dos trabalhadores migrantes.
A chegada a Roma, após 9567 km e 12h35 de voo está prevista para as 18h25 (17h25 em Lisboa).
O Papa esteva na Indonésia de 3 a 6 de setembro, sublinhando a importância do diálogo entre religiões e da “fraternidade”, num país que têm o maior número de muçulmanos do mundo e em que os católicos são 3% da população.
Além da Missa para milhares de pessoas, a passagem por Jacarta ficou marcada pela assinatura de uma declaração conjunta com o grão-imã da Mesquita Istiqlal, a maior do sudeste asiático, visando combater extremismos e fundamentalismos.
O texto alude às crises provocadas pela “desumanização” das sociedades e o impacto das alterações climáticas.
A deslocação de Francisco à Papua-Nova Guiné, entre 6 e 9 de setembro, centrou-se nos apelos à unidade, num arquipélago marcado pela diversidade de culturas e a beleza natural.
A segunda etapa desta viagem internacional foi acompanhada por milhares de pessoas, ao longo das ruas do país.
Francisco pediu fim das divisões e da destruição dos recursos naturais, neste que é um dos países com o índice de desenvolvimento humano mais baixo do mundo; os seus diferentes grupos étnicos falam mais de 800 dialetos.
A visita teve uma etapa longe da capital, com a deslocação até Vanimo, no noroeste do país, onde o Papa quis homenagear os missionários que trabalham junto dos povos da floresta e cumpriu um gesto solidário, levando uma tonelada de brinquedos e medicamentos.
A primeira visita de um Papa a Timor-Leste desde a independência do país, de 9 a 11 de setembro, levou milhares de pessoas às ruas de Díli, no maior banho de multidão desta viagem, celebrando fé católica e identidade nacional
Francisco, visivelmente impressionado com a multidão que acompanhou todos os seus passos, em várias ocasiões que a maior riqueza do país era o “povo timorense”, elogiando a alegria e juventude da população.
A celebração central da viagem decorreu na tarde de terça-feira, em Tasi Tolu, que recebeu mais de meio milhão de pessoas, em clima de festa, para ver e ouvir o Papa, o qual afirmou que “o melhor de Timor é o seu povo”, antes de alertar para os “crocodilos que querem manter a cultura, a história” do país.
A 45ª visita apostólica do pontificado, que implicou 44 horas e mais de 32 mil quilómetros de voo, está em destaque na próxima emissão do Programa 70×7, este domingo, às 17h45, na RTP2.
Desde a sua eleição, em 2013, Francisco visitou 64 países, incluindo Portugal (2017 e 2023).
(Com Ecclesia)