O Papa defendeu atenção às vítimas, na resposta a abusos sexuais na Igreja, com a criação de redes de “boas práticas”, no combate e prevenção destes casos.
“Espero que os vossos esforços para estabelecer uma rede de pessoas e de boas práticas constituam um fórum muito necessário para a partilha de conhecimentos, para o apoio mútuo e para garantir que os programas de proteção sejam eficazes e sustentáveis”, indica, numa mensagem aos participantes da conferência sobre a Proteção de Menores na Igreja Católica na Europa, que tem lugar em Roma, entre hoje e sexta-feira.
“De modo particular, encorajo as iniciativas tomadas para proporcionar conforto e assistência àqueles que sofreram, como um sinal da preocupação da Igreja pela justiça, cura e reconciliação”, acrescenta o texto, divulgado pela sala de imprensa da Santa Sé.
Francisco considera que a proteção das crianças e dos adultos vulneráveis na Igreja é uma “missão vital”, saudando a presença de responsáveis de países que “enfrentam os desafios da guerra e dos conflitos”.
“Lembro-me da nossa vocação cristã de sermos construtores da paz e de cuidarmos dos nossos irmãos e irmãs em necessidade”, observa.
O Papa deseja que os trabalhos levem a uma “compreensão mais completa e um compromisso mais profundo com a salvaguarda das crianças e dos adultos vulneráveis”, construindo uma Igreja “mais segura e compassiva”.
A conferência é promovida pela Comissão Pontifícia para a Proteção de Menores (Santa Sé) e reúne mais de 100 especialistas de 25 países, incluindo Portugal.