O Papa Francisco convocou hoje um momento de oração para a próxima quarta-feira, ao meio-dia, com a recitação do Pai-Nosso, para invocar o fim da pandemia do Covid-19.
“Nestes dias de provação, enquanto a humanidade estremece com a ameaça da pandemia, gostaria de propor a todos os cristãos que unam as suas vozes para o Céu. Convido todos os chefes das Igrejas e os líderes de todas as comunidades cristãs, juntamente com todos os cristãos das várias confissões, a invocar o Deus Altíssimo, Todo-Poderoso, enquanto recitam simultaneamente a oração que Jesus, Nosso Senhor, nos ensinou”, disse, na Biblioteca Apostólica do Vaticano, onde recitou a oração dominical do ângelus.
Este momento mundial de oração acontece na festa litúrgica da Anunciação, “em que muitos cristãos recordam o anúncio à Virgem Maria da Encarnação do Verbo”, explicou o pontífice.
“Que o Senhor ouça a oração unânime de todos os seus discípulos, que estão a preparar-se para celebrar a vitória do Cristo ressuscitado”, acrescentou.
“Convido todos – façam-no várias vezes por dia -, todos juntos a recitar o Pai-Nosso na próxima quarta-feira, 25 de março, ao meio-dia. Todos juntos”, afirmou.
Com essa mesma intenção, na próxima sexta-feira, às 18h00 (hora de Roma, menos uma em Lisboa), o Papa vai presidir a um momento de oração no adro da Basílica de São Pedro, “com a Praça vazia”.
“Desde já, convido todos a participar espiritualmente através dos meios de comunicação. Ouviremos a Palavra de Deus, elevaremos a nossa súplica, adoraremos o Santíssimo Sacramento, com o qual no final darei a bênção Urbi et Orbi [à cidade (de Roma) e ao mundo], à qual estará ligada a possibilidade de receber a indulgência plenária”, adiantou Francisco.
A bênção ‘Urbi et Orbi’ é concedida pelo Papa, habitualmente, nas celebrações da Páscoa e do Natal.
“Queremos responder à pandemia do vírus com a universalidade da oração, da compaixão, da ternura. Permaneçamos unidos. Façamos sentir a nossa proximidade às pessoas mais sós e mais provadas”, disse.
Em particular, Francisco recordou os médicos, trabalhadores sanitários, enfermeiras, voluntários, às autoridades que têm de tomar “medidas duras”, pelas polícias e militares.
“Que se cumpra o que o Governo pede que se faça, pelo bem de todos nós. Proximidade com todos”, apelou.
O Papa recordou ainda o povo da Croácia, afetado por um terramoto nesta manhã.
“Que o Senhor ressuscitado lhes dê força e solidariedade para enfrentar esta calamidade”, desejou.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 290 mil pessoas em todo o mundo, com 12 700 mortes; em Portugal, há 12 óbitos e 1280 infeções confirmadas.
(Com Ecclesia e Vatican News)