Papa convida a ser “paciente”, como Deus, sem pressão de resultados imediatos

O Papa disse hoje no Vaticano que os católicos devem aprender a ser “pacientes”, como Deus, sem a pressão de resultados “imediatos”.

“O Senhor continua a cuidar de nós, com a confiança de um Pai, mas dá-nos tempo, é paciente, para que as sementes se abram, cresçam e se desenvolvam para dar frutos de boas obras”, disse, antes da recitação do ângelus, perante milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro.

“E isso porque não quer que nada se perca no seu campo, que tudo atinja a plena maturidade; quer que todos nós possamos crescer como espigas cheias de grãos”, acrescentou, falando desde a janela do apartamento pontifício.

Francisco destacou que este é um “exemplo” para a ação pastoral das comunidades católicas.

“O Senhor ensina-nos a semear com confiança o Evangelho, onde quer que estejamos e, depois, esperar que a semente lançada cresça e dê frutos em nós e nos outros, sem desanimarmos e sem deixarmos de nos apoiar e ajudar uns aos outros”, indicou.

“Na verdade, muitas vezes, mesmo entre nós, para lá das aparências, o milagre já está em andamento e, no devido tempo, produzirá frutos abundantes”.

O Papa questionou os presentes sobre a sua atitude, no dia a dia: “Sou paciente na espera ou fico desanimado porque não vejo os resultados, imediatamente? Sou capaz de confiar tudo serenamente ao Senhor, enquanto faço o melhor que posso para proclamar o Evangelho?”.

Após a oração do ângelus, Francisco saudou os presentes e pediu um aplauso para o novo beato da Igreja Católica, o padre polaco Michael Rapacz, morto durante o regime comunista, a 12 de maio de 1946, em Ploki, onde era pároco, aos 42 anos de idade.

“Ontem [15 de junho], em Cracóvia, foi beatificado Michael Rapacz, sacerdote e mártir, pastor segundo o coração de Cristo, testemunha fiel e generosa do Evangelho, que viveu a perseguição nazi e soviética e respondeu com o dom da sua vida”, declarou.

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