Presidente palestino saudou esforços de Francisco por um cessar-fogo imediato
O Papa conversou telefonicamente com o presidente palestino, Mahmoud Abbas, sobre o conflito que opõe Israel ao movimento islamita Hamas, confirmou hoje o porta-voz do Vaticano.
A conversa, na tarde de quinta-feira, destacou os esforços de Francisco e do Vaticano para alcançar um cessar-fogo imediato, indica a agência noticiosa palestina Wafa.
Abbas elogiou o Papa pelo seu papel nos “esforços de construção da paz na região e no mundo”.
A agência Wafa precisa que o telefonema abordou “os últimos acontecimentos na Palestina, incluindo Gaza, a Cisjordânia e Jerusalém”.
“O presidente Abbas sublinhou a importância vital de o Vaticano prosseguir os seus esforços para garantir um cessar-fogo imediato da agressão israelita em Gaza. Sublinhou a necessidade de poupar os civis aos horrores da guerra”, acrescenta a notícia.
O responsável apelou à criação de “corredores humanitários permanentes” para a distribuição de medicamentos e alimentos e o fornecimento de água e eletricidade a Gaza.
O Papa Francisco “enfatizou a importância de alcançar a paz e acabar com a guerra nesta região e em todo o mundo, bem como a necessidade urgente de prestar assistência humanitária a todos, em tempo útil”.
A guerra entre Israel e o Hamas foi desencadeada pelo ataque deste movimento a solo israelita, a 7 de outubro, provocando mais de 1400 mortes.
As retaliações do governo israelita causaram mais de nove mil mortos palestinianos na Faixa de Gaza, entre os quais quase quatro mil crianças, segundo o Hamas, que controla o enclave.
Francisco tem repetido, nas últimas semanas, os seus apelos à paz, afirmando a necessidade de chegar a um cessar-fogo, de libertar os reféns nas mãos do Hamas e de permitir a passagem de ajuda humanitária à população de Gaza.
O Papa já conversara telefonicamente sobre o conflito com o presidente dos EUA, Joe Biden, e com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
Esta quarta-feira, em entrevista ao jornal da televisão italiana RAI, Tg1, Francisco sublinhou que “os dois povos que devem viver juntos”.
“Com essa solução sábia: dois povos, dois Estados. O acordo de Oslo: dois Estados bem delimitados e Jerusalém com um estatuto especial”, sustentou.
(Com Ecclesia)