Francisco diz que posição de São João Paulo II mantém-se válida
O Papa Francisco confirmou hoje em conferência de imprensa a posição da Igreja Católica, que rejeita a ordenação sacerdotal de mulheres, após uma viagem ecuménica à Suécia, onde se encontrou com luteranos, na qual se implementou essa prática.
“Sobre a ordenação de mulheres na Igreja Católica, a última palavra clara foi pronunciada por São João Paulo II e ela permanece. Isso permanece”, disse aos jornalistas que o acompanharam no voo entre Malmo e Roma.
Francisco referia-se à carta apostólica ‘Ordinatio Sacerdotalis’, de 1995, de João Paulo II.
“A Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja”, escreveu o santo polaco.
O Papa Francisco explicou que a eclesiologia católica tem uma dimensão “petrina, isto é, episcopal”, e a “dimensão mariana”, ligada à missão maternal da Igreja, “no sentido mais profundo”.
“Não existe Igreja sem esta dimensão feminina, porque ela mesma é feminina”, insistiu.
O pontífice argentino sustentou que o diálogo ecuménico deve centrar-se na “compreensão” recíproca e no trabalho em favor dos mais necessitados, com “grande respeito”.
Francisco confirmou a sua intenção de visita a Índia e o Bangladesh em 2017, ano em que vai associar-se também ao 50.º aniversário do Renovamento Carismático Católico, em Roma.
O Papa respondeu a uma pergunta sobre a secularização da Europa, sublinhando que quando esta existe “há algo fraco na evangelização” da Igreja.
“Na secularização, penso que mais tarde ou mais cedo se chega ao pecado contra Deus criador. O homem suficiente. Não é um problema de laicidade, porque é desejável uma sã laicidade”, declarou.
(Com Ecclesia)