Papa chegou a Jacarta, primeira etapa de viagem-maratona na Ásia e Pacífico

Francisco foi recebido por grupo de crianças, idosos, refugiados e sem-abrigo, na Nunciatura Apostólica

O Papa chegou hoje a Jacarta, capital da Indonésia, primeira etapa da viagem mais longa do seu pontificado, após um voo de quase 13 horas, sendo recebido pelo ministro dos assuntos religiosos do país, Yaqut Cholil Qoumas.

A chegada do voo da Ita Airways ao Aeroporto Internacional Soekarno-Hatta aconteceu pelas 11h19 locais (05h19 em Lisboa), com Francisco a deslocar-se em cadeira de rodas, onde saudou ainda duas crianças vestidas com trajes tradicionais, que lhe ofereceram flores.

Depois de breves cumprimentos entre delegações e da Guarda de Honra, o Papa dirigiu-se à Nunciatura Apostólica, num percurso de 27 quilómetros até ao centro de Jacarta, onde foi recebido por um grupo de crianças, idosos, refugiados e sem-abrigo, acompanhados pelas Irmãs Dominicanas, a Comunidade de Santo Egídio e pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados.

O dia hoje decorre sem quaisquer compromissos oficiais, para que Francisco, de 87 anos de idade, possa recuperar da viagem; a cerimónia de boas-vindas vai decorrer esta sexta-feira, no Palácio Presidencial, onde o Papa profere o seu primeiro discurso, perante responsáveis políticos e membros da sociedade civil.

Ao longo dos 11 354 quilómetros da viagem, o pontífice enviou mensagens aos chefes de Estado da Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Montenegro, Bulgária, Turquia, Irão, Paquistão, Índia e Malásia, com votos de bem-estar, prosperidade, fraternidade e solidariedade.

Francisco pediu o “dom da paz” para o Irão, na mensagem enviada ao presidente Masoud Pezeshkian.

A 45ª viagem apostólica do pontificado passagens por Jacarta (Indonésia), até 6 de setembro; Port Moresby e Vanimo (Papua-Nova Guiné), de 6 a 9 de setembro; Díli (Timor-Leste), de 9 a 11 de setembro; e Singapura, de 11 a 13 de setembro.

O Papa leva mensagens em favor do diálogo entre religiões, defesa do ambiente e promoção da justiça social, em países onde os católicos são minoria, com exceção de Timor, onde representam mais de 95% da população.

Francisco é o terceiro pontífice visitar a Indonésia, depois de São Paulo VI em 1970 e de São João Paulo II em 1989.

A Indonésia, país com o maior número de muçulmanos do mundo, tem cerca de 8,3 milhões de católicos, que representam 3% da população, segundo dados do Vaticano.

Outro tema em destaque são as alterações climáticas, cujo impacto é particularmente visível na Indonésia, cujo governo está a construir uma nova capital, Nusantara, devido à vulnerabilidade de Jacarta.

Durante a sua visita, Francisco vai encontrar-se com responsáveis religiosos na Mesquita Istiqlal em Jacarta, a maior do sudeste asiático, presidindo também a uma Missa no Estádio Gelora Bung Karno, em que se esperam cerca de 80 mil participantes.

Desde a sua eleição, em 2013, o atual pontífice fez 44 viagens internacionais, tendo visitado 61 países, incluindo Portugal (2017 e 2023).

Além das visitas à Terra Santa e Médio Oriente/Península Arábica, o Papa fez várias viagens à Ásia oriental: Coreia do Sul (2014), Sri Lanka e Filipinas (2015), Myanmar e Bangladesh (2017), Tailândia e Japão (2019) e Mongólia (2023).

(Com Ecclesia)

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