O Papa associou-se hoje no Vaticano ao Dia Mundial da Pessoa com Doença de Alzheimer, que se assinala anualmente a 21 de setembro, denunciando maus-tratos a doentes.
“No próximo dia 21 de setembro é o Dia Mundial das pessoas com Alzheimer, uma doença que afeta muitos homens e mulheres que, por causa dessa doença, são frequentemente vítimas de violência, maus-tratos e abusos que atropelam a sua dignidade”, declarou, no final da audiência pública semanal, na Praça de São Pedro.
Francisco convidou os presentes a rezar “pela conversão dos corações e pelas pessoas afetadas pela doença de Alzheimer, pelas suas famílias e por aqueles que cuidam delas com amor”.
A intervenção evocou ainda os que sofrem de patologias tumorais, “para que também sejam cada vez mais apoiados, tanto na prevenção quanto no tratamento dessa doença”.
No Dia Mundial da Doença de Alzheimer, a ‘Alzheimer’s Disease International’ (ADI) vai lançar um relatório mundial que aborda as atitudes globais em relação à demência, com base numa pesquisa com quase 70 mil pessoas em 155 países.
O estudo mostra que 95% dos entrevistados acreditam que desenvolverão demência durante a vida; a síndrome afeta a memória, outras capacidades cognitivas e comportamentos que interferem significativamente na capacidade de uma pessoa em manter as suas atividades diárias.
Segundo a ADI, as mortes devido à demência mais do que duplicaram entre os anos 2000 e 2016, tornando-a a quinta principal causa de morte global em 2016; estima-se que o número de pessoas que vivem com demência passará dos 50 milhões atuais para 152 milhões em 2050.
Em Portugal, foi lançada a campanha “Amigos na Demência”, que visa mudar a forma como o país “pensa, age e fala sobre a demência”.
A iniciativa da Alzheimer Portugal quer convidar os cidadãos (incluindo as entidades públicas, as empresas e as organizações do terceiro setor) a um compromisso ativo “na melhoria do dia a dia das pessoas com demência”.
(Com Ecclesia)