O Papa Francisco assinala hoje o sétimo aniversário da sua eleição pontifícia num momento de maior distanciamento das multidões, por força das medidas preventivas ligadas à prevenção e combate à pandemia do Covid-19.
O cardeal Jorge Mario Bergoglio foi eleito como sucessor de Bento XVI a 13 de março de 2013, após a renúncia do agora Papa emérito, assumindo o inédito nome de Francisco; é também o primeiro Papa jesuíta na história da Igreja.
Após uma constipação que levou ao cancelamento da agenda do Papa desde o dia 27 de fevereiro, o agravamento da situação na Itália, por causa do aumento de casos confirmados de contágio pelo novo coronavírus, provocou o afastamento forçado de Francisco das pessoas, presidindo ao ângelus, à Missa matina e à audiência pública em privado, com transmissão através da internet.
O portal ‘Vatican News’ refere o Papa tem passado estes dias de “medidas extraordinárias” a rezar “pelos que sofrem, sem distinções”, tanto pelas populações contagiadas pelo coronavírus como pelas que sofrem com a guerra, em particular na Síria.
A diminuição da atividade do pontífice contrasta com o que aconteceu em 2019, ano em que Francisco bateu o recorde de viagens internacionais, num total de sete visitas, que o levaram a 11 países, além de ter convocado uma cimeira mundial dedicado à prevenção de abusos sexuais e um Sínodo especial para a Amazónia.
O primeiro Papa sul-americano tem multiplicado, desde a sua eleição, gestos simbólicos como as viagens a Lampedusa e Lesbos, a abertura da Porta Santa do Jubileu da Misericórdia em Bangui (República Centro-Africana), as passagens por prisões, campos de barracas ou de refugiados, a Missa junto à fronteira México-EUA ou a primeira viagem de um pontífice à Península Arábica.
Francisco tem centrado a sua intervenção na atenção e a proximidade aos pobres, a promoção da paz e a defesa do meio ambiente; aos católicos, tem pedido “revolução da ternura”, na certeza de que a divisão não supera qualquer dificuldade.
O atual pontificado foi retratado num filme de Wim Wenders, ‘Pope Francis – A Man of His Word’, no qual se resumem os “principais desafios globais de hoje” a que Francisco quer ajudar a responder: a morte, a justiça social, a imigração, a ecologia, as desigualdades, o materialismo ou o papel da família.
(Com Ecclesia)