Francisco apresenta religiosa como « exemplo único do papel extraordinário que a mulher desempenhou ao longo da história»
O Papa assinalou, com uma mensagem, o 50.º aniversário da proclamação de Santa Teresa de Ávila como doutora da Igreja, destacando o papel da religiosa (1515-1582), mística e reformador da Ordem Carmelita.
O texto, divulgado hoje pelo Vaticano, apresenta a religiosa espanhola como “exemplo único do papel extraordinário que a mulher desempenhou ao longo da história, na Igreja e na sociedade”.
A mensagem é dirigida ao Congresso Internacional ‘Mulher Excecional’ que decorre em Ávila, de 12 a 15 de abril.
“É bonito lembrar que todas as graças místicas que recebia a levavam para o céu; mas ela sabia como trazer o céu para a terra, fazendo da sua vida uma morada de Deus, na qual todos tinham um lugar”, refere Francisco.
Santa Teresa de Ávila foi declarada como doutora da Igreja pelo Papa São Paulo VI, a 27 de setembro de 1970, sendo a primeira mulher a receber esse título que.
Para Francisco, esta decisão reconheceu o valor dos escritos e o testemunho de vida da religiosa espanhola.
“Apesar dos cinco séculos que nos separam da sua existência terrena, a chama que Jesus acendeu em Teresa continua a brilhar neste mundo sempre necessitado de testemunhas corajosas, capazes de derrubar qualquer muro, seja ele físico, existencial ou cultural”, aponta.
O Papa sublinha a atualidade dos escritos de Santa Teresa de Ávila.
“O seu exemplo não é apenas para os nossos irmãos e irmãs que sentem o chamamento à vida religiosa, mas para todos os que desejam progredir no caminho da purificação de toda a mundanização”, realça.
A Igreja Católica reconheceu até hoje 36 doutores, entre os quais Santo António de Lisboa
O título de doutor da Igreja é atribuído a fiéis que se distinguiram pela santidade de vida, ortodoxia doutrinal e ciência.
(Com Ecclesia)