O Papa saudou hoje a adoção de um cessar-fogo global imediato para combater a pandemia, por parte da ONU, uma medida que tinha sido pedida pelo português António Guterres, secretário-geral das Nações Unidas, e pelo próprio Francisco.
“É louvável o apelo por um cessar-fogo global e imediato, que permitiria a paz e a segurança indispensáveis para fornecer a assistência humanitária, tão urgentemente necessária”, referiu o pontífice, desde a janela do apartamento pontifício, no Vaticano.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou esta quarta-feira, por unanimidade, uma resolução que pede um cessar-fogo global, de forma a facilitar a luta contra a Covid-19.
Francisco recordou as “consequências devastadoras” da pandemia, principalmente em áreas já sujeitas a conflito.
“Espero que esta decisão seja implementada de maneira eficaz e imediata, para o bem de muitas pessoas que sofrem. Que esta resolução do Conselho de Segurança se torne um primeiro passo, corajoso, em direção a um futuro de paz”, apelou o Papa, após a recitação da oração do ângelus, que reuniu centenas de pessoas na Praça de São Pedro.
O cessar-fogo global responde aos apelos feitos pelo secretário-geral António Guterres, em março, e pela Assembleia Geral da ONU, em abril.
A resolução do Conselho de Segurança manifesta “grande preocupação com o impacto arrasador da Covid-19, especialmente em países onde ocorrem conflitos armados, que vivem um pós-conflito ou crises humanitárias”.
O organismo exige o fim imediato de confrontos e apela a todas as partes em conflito que façam, imediatamente, uma pausa humanitária de pelo menos 90 dias consecutivos.
(Com Ecclesia)