O Papa associou-se hoje no Vaticano ao II Dia Internacional da Fraternidade Humana, convocado pela ONU para 4 de fevereiro, pedindo que as religiões dialoguem entre si e com a sociedade, promovendo a paz.
Francisco considerou “motivo de satisfação que todas as nações do mundo se unam nesta celebração, destinada a promover o diálogo inter-religioso, intercultural, como é desejado também no documento sobre a fraternidade humana”, assinado em Abu Dhabi, a 4 de fevereiro de 2019, pelo Papa e pelo grande imã de Al-Azhar, a mais prestigiada instituição do Islão sunita.
“Fraternidade significa estender a mão aos outros, respeitá-los e ouvi-los, de coração aberto”, acrescentou o Papa, falando no final da audiência pública semana, que decorreu no Auditório Paulo VI.
A intervenção defendeu a necessidade de “passos concretos, com crentes de outras religiões e pessoas de boa vontade”, para afirmar que “hoje é tempo de fraternidade, evitando alimentar confrontos, divisões, encerramentos”.
“Rezemos e empenhemo-nos todos os dias, para que todos possamos viver em paz, como irmãos e irmãs”, concluiu.
O Vaticano lançou hoje um vídeo para a celebração do Dia Internacional da Fraternidade Humana, com mensagens de católicos, muçulmanos, judeus e outras religiões, evocando em particular o discurso proferido pelo Papa em Ur, terra natal de Abraão, em março de 2021, durante a sua viagem ao Iraque.
A jornada proclamada pelo ONU evoca o aniversário da assinatura do documento sobre a ‘Fraternidade Humana em prol da paz mundial e da convivência comum’, pelo Papa Francisco e o grande imã Ahmad Al-Tayyeb.
O evento vai ser assinalado na Expo Dubai, onde o pavilhão da Santa Sé acolhe, esta sexta-feira, uma conferência, seguida de uma marcha pela fraternidade, com a presença de vários colaboradores do Papa, incluindo o cardeal Miguel Ángel Ayuso Guixot, presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso e atual presidente de turno do Alto Comité para a Fraternidade Humana.
(Com Ecclesia)