O Papa Francisco destacou hoje a atualidade da encíclica ‘Pacem in Terris’, que fez 60 anos esta terça-feira e “foi uma verdadeira bênção, como um vislumbre de serenidade no meio de nuvens escuras”, e pediu orações pela “Ucrânia martirizada”.
“O Papa abriu perante todos o amplo horizonte no qual se pode falar de paz e construir a paz, o plano de Deus para o mundo e a sua família humana”, disse Francisco, sobre São João XXIII e o seu documento, no final da audiência pública semanal de Quarta-feira.
Na Praça de São Pedro, perante fiéis, peregrinos e turistas, o Papa recordou que se assinalou, esta terça-feira, o 60º aniversário da encíclica ‘Pacem in Terris’, que João XXIII “dirigiu à Igreja e ao mundo no auge da tensão entre os dois blocos opostos na chamada ‘Guerra Fria’”.
‘Pacem in Terris’, a encíclica de paz do Papa João XXIII foi publicada a 11 de abril de 1963, perto do final do pontificado que terminou depois a 3 de junho, e, segundo Francisco, “foi uma verdadeira bênção, um brilho de serenidade no meio de nuvens escuras” que se vivia há 60 anos.
“A sua mensagem é muito atual”, afirmou o Papa, que pediu orações pela “Ucrânia martirizada”: “Perseveramos na oração pela atormentada Ucrânia. Rezemos por tudo o que a Ucrânia sofre”.
Francisco citou uma passagem da encíclica, o número 114: “As mútuas relações internacionais, do mesmo modo que as relações entre os indivíduos, devem-se disciplinar não pelo recurso à força das armas, mas sim pela norma da reta razão, isto é, na base da verdade, da justiça e de uma ativa solidariedade.”
O Papa convidou os fiéis e os homens e mulheres de boa vontade a “ler Pacem in Terris”, e reza para que os líderes das nações “possam ser inspirados por ele nos seus planos e decisões”.
A Igreja Católica celebra no segundo domingo da Páscoa o ‘Domingo da Divina Misericórdia’, instituído por São João Paulo II, que Francisco recordou na saudação aos peregrinos polacos, destacando a necessidade de paz global.
“Hoje, à medida que o mundo é cada vez mais provado pelas guerras e se afasta de Deus, precisamos ainda mais da misericórdia do Pai”, acrescentou, lembrando que este ‘Domingo da Divina Misericórdia’ foi “desejado pelo Senhor Jesus através de Santa Faustina Kowalska há quase um século”.
“O Senhor nunca deixa de ser misericordioso, pensamos na misericórdia de Deus que sempre nos acolhe, sempre nos acompanha. Ele nunca nos deixa sós”, salientou Francisco, que continuou o ciclo de catequeses sobre a paixão de evangelizar.
O Papa Francisco convidou as comunidades católicas a rezar, em abril, por uma “uma cultura da não-violência”, na intenção de oração deste mês divulgada numa nova edição do ‘Vídeo do Papa’.
(Com Ecclesia)