“Esta é a sabedoria do nosso povo que tolera, tantas vezes, tantos pastores incoerentes, pastores como os escribas, e também cristãos que vão à missa todos os domingos e depois vivem como pagãos. E as pessoas dizem: «Isto é um escândalo, uma incoerência». Quanto mal fazem os cristãos incoerentes que não dão testemunho e os pastores incoerentes, esquizofrénicos, que não dão testemunho”, afirmou o Papa durante a homilia, na Eucaristia, na Casa de Santa Marta.Cidade do Vaticano, 14 jan 2020 (Ecclesia) – O Papa Francisco criticou hoje os cristãos” e os “pastores incoerentes” e afirmou que a autoridade vem “do testemunho e da coerência”.
A partir do Evangelho da liturgia deste dia, o Papa Francisco condenou a “esquizofrenia pastoral”, ou seja, pastores “que não dizem e não fazem”.
Francisco apresentou o “estilo de Jesus” assente numa “autoridade interior”, ao contrário dos “escribas” que, sendo especialistas no ensinamento da lei e escutados pelo povo, não eram credíveis, ou seja, “exerciam a autoridade sem a ter”.
Jesus, apontou o Papa, “tem autoridade porque é coerente”, ensinava o que fazia e fazia o que ensinava; os escribas, ao contrário, eram “hipócritas” e caíam numa “esquizofrenia pastoral”.
Francisco finalizou a sua reflexão pedindo a todos os batizados a coerência e o testemunho, assente “não na autoridade”, “em comandar e aparecer”, mas no facto de se ser “companheiro de estrada no caminho do Senhor”.
(Com Ecclesia)