Padres do Prado reunidos em Lyon para semana de estudos e reflexão sobre a atualidade da espiritualidade e ação apostólica do seu fundador

Foto: Igreja Açores/EVV

Reflexão, formação e aprofundamento da espiritualidade de Antoine Chevrier mobiliza perto de meia centena de padres de 14 países

Está a decorrer de hoje até ao próximo dia 20, em Lyon, França, um encontro de 45 padres do Prado, de 14 países, de quatro continentes, informa uma nota enviada ao Sítio Igreja Açores.

O encontro, que conta com a presença de dois sacerdotes portugueses- o padre Emanuel Valadão Vaz coordenador dos pradosianos portugueses e reitor do Seminário de Angra e o padre José Maria Furtado, da diocese de Setúbal- está dividio em três momentos: o primeiro, de hoje até dia 13,  promove o conhecimento da figura do fundador do Prado, o padre Antoine Chevrier, através de um conjunto de estudos que aprofundam a sua espiritualidade, a inserção na sociedade do seu tempo e a atualidade do seu carisma na sociedade contemporânea. Além de dar a conhecer o seu carisma procura-se igualmente fornecer  chaves de leitura relativa a inserção da espiritualidade pradosiana nos nossos dias, através de conferências e testemunhos vivos de pradosianos religiosos nas diferentes geografias do globo.

Nos dias 13 e 14 de outubro, no encontro, em formato de jornada de estudo, reflete-se sobre a santidade deste homem, percorrendo a sua vida na ligação à Igreja e ao mundo, a sua espiritualidade, o carácter pedagógico da sua intervenção e o acompanhamento espiritual que fazia dos seus irmãos.

Finalmente, o terceiro encontro, será centrado na formação, e os participantes são convidados a olhar para a formação pradosiana nos nossos dias, procurando atualizar a palavra de Deus no mundo atual de forma a fazer dos pradosianos verdadeiros discípulos missionários.

Um dos princípios fundamentais da espiritualidade pradosiana assenta na ideia de que “conhecer Jesus Cristo é tudo”.

António Chevrier, nascido a 16 de Abril de 1826 e ordenado em 1850, estava convicto de que a formação de sacerdotes e catequistas, consagrados à evangelização dos pobres, era a grande necessidade da época e da Igreja. E para isso, só sacerdotes pobres estariam em condições de o fazer: “Sacerdotes despojados (vivendo o Mistério da Encarnação – Presépio); crucificados (vivendo o mistério da Cruz – Calvário) e dados em alimento (vivendo o Mistério da Eucaristia – Tabernáculo).

O Prado (Instituto secular), desenvolve uma espiritualidade de padre diocesano tendo como pilares fundamentais: O Estudo do Evangelho; A releitura de vida à luz do Evangelho; A vida em equipa e  a vida fraterna.

O Prado chegou a Portugal através do padre Manuel António Pimentel, da Diocese de Angra nos anos sessenta, em pleno concílio Vaticano II. Atualmente existem padres do Prado em Angra, Braga, Coimbra, Santarém e Setúbal, que reúnem uma vez por ano em retiro aberto a outros padres diocesanos.

O dom do Prado é, igualmente dado a conhecer aos leigos. Desde 2002 há um encontro anual com leigos.

Internacionalmente existem cerca de 1200 padres com compromisso no Prado repartidos por 40 países.A maior parte dos pradosianos trabalha em paróquias, com uma atenção particular para com aqueles que se encontram nas mais variadas situações de pobreza pelo mundo fora. Uma grande parte colabora, ainda, na formação apostólica dos leigos, que são também chamados a ser discípulos de Jesus Cristo, por exemplo, abrindo com eles o Evangelho.

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