Padre Norberto Brum é o novo presidente da Direção da Fundação Obra do Padre Américo nos Açores – Casa do Gaiato de São Miguel

Obra diocesana tem atualmente três  valências. Sacerdote substitui o padre Fernando Teixeira, responsável pela Obra há duas décadas

 

O padre Norberto Brum acaba de ser nomeado pelo bispo de Angra Presidente da Direção da Fundação Obra do Padre Américo nos Açores – Casa do Gaiato de São Miguel.

A Obra do Padre Américo nos Açores – Casa do Gaiato de São Miguel é uma instituição diocesana, sem fins lucrativos que tem por finalidade acolher, educar e integrar na sociedade crianças e jovens privados do seu meio familiar”, distribuídas por três valências num total de 36 crianças, como se pode ler na sua página online.

“Mais do que uma honra pela história da instituição é um serviço que assumo procurando dar continuidade ao trabalho desenvolvido pelo padre Fernando Teixeira que me deixa um grande desafio”, disse o padre Norberto Brum ao Sítio Igreja Açores.

A Casa do Gaiato de São Miguel, nos Açores, foi criada pelo Padre Américo, a pedido do Engenheiro Pedro Cymbron, Presidente da Junta Geral de Ponta Delgada. Surgiu em 1951, nas instalações da antiga estação agrária, em São Gonçalo, sendo dirigida pelo Padre Elias.

Com o aumento do número de crianças acolhidas, são inauguradas, a 2 de abril de 1956, as novas instalações da Casa do Gaiato, na vila das Capelas, concelho de Ponta Delgada, pelo Padre Américo, naquela que foi a sua terceira e última viagem a São Miguel. A instituição fica então a cargo do Padre Elias, com o apoio do Padre Raul. No ano de 1974, com o falecimento do Padre Elias, a instituição passa a ser gerida pelo Padre Raul, até outubro de 2002. Nesta data, assume temporariamente o cargo o Padre José Maria, sendo, em fevereiro de 2003, nomeado um diretor executivo, licenciado em Psicologia Social. Pela mão deste diretor, o primeiro leigo a assumir a gestão da instituição, surge uma equipa técnica, na altura constituída por uma licenciada em Ciências da Educação e por quatro Ajudantes de Lar, que asseguravam o seu funcionamento 24 horas por dia, tendo como presdiente da Fundação o padre Fernando teixeira, à altura pároco de São Roque, ouvidoria de Ponta Delgada.

A partir de agosto de 2011, a Casa do Gaiato de São Miguel, até então sedeada na vila de Capelas, muda-se para duas novas moradias, na freguesia de São Pedro, em Ponta Delgada. Atualmente  é constituída por três valências sedeadas na mesma cidade com capacidade para acolher 36 crianças e jovens em situação de perigo, com base na aplicação de medida de promoção e proteção e com idades compreendidas entre os 03 e os 25 anos.

“O principal objetivo da Casa do Gaiato de São Miguel é o de receber, apoiar e garantir os direitos, e satisfazer as necessidades das crianças/jovens, nomeadamente no que concerne à sua proteção e promoção ao nível da afetividade, da participação ativa e cidadania, da autonomia, do acesso à educação e cultura, do direito à informação e confidencialidade e da integração em diferentes contextos” lê-se ainda na página on-line da instituição.

A primeira Casa do Gaiato a ser fundada foi a de Miranda do Corvo, a 7 de janeiro de 1940 pelo padre Américo Monteiro de Aguiar, conhecido por Pai Américo para as crianças e jovens acolhidos e por Padre Américo no exterior, com o objetivo de promover a assistência a crianças desfavorecidas. Em 1943 surge a Aldeia para Rapazes, em Paço de Sousa, que albergava 300 crianças e jovens do sexo masculino, e era constituída por quartos, capela, oficinas, escola, cozinha, campos de jogos e um campo para produção agrícola. Em 1947, seria a vez da Casa do Gaiato de Tojal, a 20 Km de Lisboa e, posteriormente, as casas de Beire (Paredes) e a de Setúbal, constituindo essas os centros da «Obra de Rua».

No ano de 1965, a Casa do Gaiato chega a África onde são fundadas as casas de Malange e de Benguela. Dois anos mais tarde, surge a Casa do Gaiato de Lourenço Marques, em Moçambique.

A nomeação do sacerdote, que é pároco da mais nova paróquia dos Açores- Nossa Senhora de Fátima, em Ponta Delgada-, é assistente dos Bombeiros de Ponta delgada e um dos quatro assistentes da recém criada equipa do Serviço Diocesano à Juventude.

 

 

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