Prelado picoense foi ordenado bispo há cem anos
O Museu de Arte Sacra da Horta, a Ouvidoria da Horta e a Paróquia da Matriz do Santíssimo Salvador da Horta promovem este dia 20 de novembro uma homenagem ao cardeal D. José da Costa Nunes por ocasião do centenário da sua ordenação episcopal.
Às 18h00 é celebrada uma Missa Ação de Graças pelo 100º Aniversário da Ordenação Episcopal de D. José da Costa Nunes, presidida por D. Joaquim Lopes, Bispo Emérito de Viana, Angola, que será animada pelo Grupo Coral Litúrgico da Matriz e com a presença da Confraria do Santíssimo Sacramento, Ordem terceira do Carmo e Ordem Terceira de São Francisco.
Às 21h00 no Museu de Arte Sacra da Horta, a professora Susana Goulart Costa irá proferir uma conferência sobre a ordenação e a vida do cardeal açoriano cujo essencial está plasmado numa exposição na Capela dos Terceiros da Igreja do Carmo, onde a entrada é livre..
D.José da Costa Nunes foi eleito bispo de Macau em dezembro de 1920, diocese que então incluía o território timorense, Singapura e Malaca.
Em dezembro de 1940, foi nomeado pelo Papa Pio XII para o lugar de arcebispo de Goa e Damão e titular de Cranganor, primaz do Oriente, com o título de patriarca das Índias Orientais.
A 3 de junho de 1946 foi condecorado pelo governo português com a grã-cruz da Ordem do Império Colonial e a 22 de julho de 1953 com a grã-cruz da Ordem de Cristo.
A 16 de dezembro de 1953 foi oficializada a sua renúncia ao cargo de arcebispo de Goa e Damão, tendo Pio XII nomeado o prelado português como vice-carmelengo da Santa Sé, na Cúria Romana.
D.José da Costa Nunes foi criado cardeal por João XXIII a 19 de março de 1962, sendo-lhe imposto o barrete três dias depois, aos 82 anos de idade; participou no Concílio Vaticano II (1962-1965) e foi cardeal eleitor no conclave de 1963, que elegeu o Papa Paulo VI.
O cardeal açoriano faleceu em Roma aos 96 anos, no dia 29 de novembro de 1976.
Os seus restos mortais foram transladados para a Igreja da Candelária em 27 de Junho de 1997.