Comemorações iniciaram-se este domingo
A ouvidoria de Fenais de Vera Cruz, na ilha de São Miguel, que começou a comemorar este domingo o seu centenário, deverá viver este tempo “em partilha e convivência fraterna” apelou o ouvidor, Pe Carlos Simas, na homília da missa solene de abertura dos 100 anos, que foi celebrada na igreja de Nossa Senhora da Graça, no Porto Formoso.
“Que este ano das comemorações do Centenário desta Ouvidoria seja aproveitado para uma partilha de experiências, sentimentos fraternos e presença física de todas as comunidades com centralidade no Amor que nos é transmitido pela Cruz de Cristo, porque só assim tomaremos consciência de que somos um povo”, sublinhou o sacerdote.
O responsável pela ouvidoria começou por lembrar que “fomos gerados junto à Cruz de Cristo no Calvário. Por isso a nossa identificação primeira é a Cruz” que, para todos os cristãos, ”é parte integrante da sua vida” .
Aliás, o logotipo do centenário foi elaborado “a pensar que cada uma das nossas comunidades está inserida na Cruz de Cristo, não na dor, mas sobretudo na alegria que radica no rosto misericordioso de Jesus Cristo porque o Filho reflete o Rosto do Pai”, precisou ainda o sacerdote.
A cruz do centenário tem oito triângulos, “todos eles diferentes, porque cada paróquia e curato tem a sua particularidade, mas unidos pela mesma Fé em Cristo”, concluiu.
A Missa, animada por diferentes grupos, foi participada por elementos de todas as comunidades paroquiais, e precedida da leitura do historial da criação da Ouvidoria a 25 de abril de 1916 por D. Manuel Damasceno da Costa, tendo sido nomeado primeiro ouvidor o Pe Jacinto Raposo de Medeiros, indicado para a chamada 5.ª Ouvidoria da ilha de São Miguel.
O nome de Fenais da Vera Cruz aparece pela primeira vez, a referir-se à Ouvidoria, na Carta de Visita à ilha de São Miguel no ano de 1917.
De acordo com o Boletim Eclesiástico de 2014, esta ouvidoria da costa norte de São Miguel tem cerca de 7 mil habitantes; 97,8% dizem-se católicos; possui uma Misericórdia e um Centro Social e Paroquial e possui ainda um Centro Comunitário- Cais de Remar- onde presta auxilio e procede à integração e valorização socio-profissional de vários grupos etários, e é gerido pelas Irmãs Doroteias.