Grupo Vita marcou presença na reunião de Secretariados Diocesanos da EMRC. Bento Aguiar, do Serviço Diocesano da Pastoral Escolar nos Açores, afirmou de que a própria disciplina “abre caminhos para as questões da sexualidade e dos afetos”
A coordenadora do Grupo Vita disse hoje que “os professores de Educação Moral e Religiosa Católica (EMRC) são na escola, em muitas vezes “o adulto de confiança”.
“Sabemos que muitas crianças vão ter convosco e é importante que estejam capacitados e que saibam o que fazer. O nosso trabalho é a de vos ajudar a trabalhar com as crianças e os jovens para que percebam o que é o abuso e como apoiar”, afirmou.
Presente na reunião de Secretariados Diocesanos da disciplina que hoje decorreu em Fátima, a responsável por esta equipa interdisciplinar com profissionais das áreas da Psicologia, da Psiquiatria, do Serviço Social, da Sociologia e do Direito (penal e canónico), convidou os docentes a “procurarem capacitar-se com formação e informação” uma vez que são, não poucas vezes, “adultos de referência”.
“Sabemos que os alunos escolhem os professores de EMRC pelo ambiente de empatia que as aulas proporcionam e pelos temas que abordam”, desenvolveu.
Numa altura em que a sociedade está atenta à questão do cuidado dos menores e dos adultos vulneráveis, Joana Alexandre, do Grupo Vita, afirmou que esta equipa já tem disponíveis vários recursos ao nível da prevenção, para os alunos e com formação para professores e demais educadores nas escolas”.
Rute Agulhas reafirmou a ideia de que a tarefa do Grupo Vita é gerar redes de cuidado “com as comissões diocesanas, a CIRP, os escuteiros, a Companhia de Jesus, e a própria Direção Geral da Educação”, para evitar “que possa haver alguém que não saiba como prevenir e intervir”.
Num momento de partilha, entre os vários intervenientes, Bento Aguiar, coordenador da EMRC do Serviço Diocesano da Pastoral Escolar nos Açores, afirmou de que a própria disciplina “abre caminhos para as questões da sexualidade e dos afetos”.
“Ao longo destes já quase 30 anos são muitas as situações em que os alunos, a partir das aulas e dos vários conteúdos, abordam a questão dos abusos em várias escalas. Também por isso, e como professor de EMRC estou próximo da Comissão de proteção de crianças e jovens da região autónoma, para prevenir e denunciar sempre que é necessário”, revelou.
No final da intervenção ficou acordado a criação de um inquérito para verificação das necessidades e um primeiro “patamar formativo e informativo” com ações pontuais online.
A reunião dos Secretariados Diocesanos de EMRC continua esta tarde, em Fátima, com vários assuntos em agenda. Destaque natural para as matrículas 2023/24 e a preparação do próximo ano letivo.
(Com EDUCRIS)