D. João Lavrador abriu esta noite os trabalhos da XI sessão plenária do Conselho Pastoral Diocesano com um apelo à co responsabilidade dos leigos
Começou esta sexta feira à noite em Ponta Delgada, no Centro Pastoral Pio XII, a XI Sessão Plenária do Conselho Pastoral Diocesano com um apelo do bispo de Angra a que todos os batizados “do primeiro ao último” se sinta motivado para a evangelização cuja obra é de todos e de cada um”.
D. João Lavrador que preside aos trabalhos deste conselho pela primeira vez, composto por quatro dezenas de participantes, entre eles representantes das ouvidorias, dos movimentos apostólicos, religiosos e sacerdotes, começou por sublinhar a “importância deste órgão” que juntamente com o Conselho Presbiteral é o órgão máximo de reflexão para ajudar o bispo na orientação da vida pastoral da diocese.
“É um órgão de comunhão, de participação e de corresponsabilidade” referiu o prelado destacando esta herança do Concílio Vaticano II.
“Já temos algum tempo de exercício de comunhão, de participação e de corresponsabilidade, mas nunca está acabado”, cabendo a todos os cristãos “a obra de evangelização”, porque pelo batismo “cada membro do povo de Deus tornou-se discípulo missionário”.
O bispo de Angra citando abundantemente o papa Francisco, cujo pontificado nos tem “centrado melhor no conteúdo mais profundo da participação de todos os fiéis cristãos na vida da igreja”, partilhou ainda o sonho proposto pelo Papa Francisco sobre o envolvimento dos leigos na vida da igreja.
“Sonho com uma opção missionária capaz de transformar tudo, para que os costumes, os estilos, os horários, a linguagem e toda a estrutura eclesial se tornem um canal proporcionado mais à evangelização do mundo atual que à auto-preservação”, referiu D. João Lavrador citando a exortação apostólica A Alegria do Evangelho, do Papa Francisco.
“A reforma das estruturas” deve fazer com que todas elas sejam “mais comunicativas e abertas”, colocando os agentes de pastoral “em saída missionária”.
“É para aqui, em sintonia com o sonho do Papa e que deve ser também o nosso, que gostaria de vos convidar e que a nossa reflexão e compromisso estivesse norteado por esta aspiração e desejo”, disse D. João Lavrador.
A reunião que hoje arrancou em Ponta Delgada tem três temas na agenda: uma avaliação da visita da Imagem da Virgem Peregrina na diocese, nos passados meses de janeiro e fevereiro; a celebração do Ano Santo da Misericórdia e os “caminhos a percorrer” no âmbito pastoral na diocese nos próximos anos.
“Este é um tempo de experiência comunitária” em que o diálogo “aberto e franco” deve “dar frutos”, concluiu o bispo de Angra.
No arranque do Conselho, o vigário geral da Diocese de Angra, o Cónego Hélder Fonseca Mendes, fez um enquadramento dos trabalhos sintetizando a ata da reunião anterior que se realizou em novembro de 2013.
Foram, ainda, prestadas contas sobre os custos de funcionamento da diocese e dos serviços, pelo ecónomo diocesano que destacou os custos da estrutura e do serviço da dívida acumulada que “têm no entanto vindo a diminuir” graças a um esforço “de contenção e de responsabilidade financeira”.
O Cónego Adriano Borges referiu a necessidade de obras de conservação em alguns dos imóveis diocesanos na ilha Terceira, como por exemplo o Seminário Episcopal de Angra e a necessidade de continuar a disponibilizar verbas para a actividade pastoral. A este respeito, o bispo de Angra pediu ainda que a área económica “tem que entrar no mesmo dinamismo evangelizador de outras áreas da igreja”.
“A igreja não acumula riqueza mas precisa de recursos para desenvolver actividades pastorais”, por isso, é preciso “sensatez para correspondermos ás solicitações que são colocadas”, deixando um elogio à equipa financeira da diocese que “tem desenvolvido um trabalho tecnicamente bem feito”.
Os trabalhos prosseguem no sábado com a discussão dos três temas da agenda.