Neo-Sacerdotes acompanham D. Armando Esteves Domingues e dizem-se disponíveis para abraçar os desafios “quaisquer que sejam”
A “fidelidade a Deus, que chama” é o principal desafio que o bispo de Angra diz pender agora sobre os novos sacerdotes e de que os próprios dizem ter consciência. No final da celebração, em declarações ao Sítio Igreja Açores, os neo-sacerdotes dizem-se disponíveis para o “serviço à Diocese” procurando “servir Deus e os irmãos”.
“Espero que seja uma fase de maior configuração a Jesus Cristo e que as pessoas vejam em mim um farol, e que eu consiga ser um sinal de Deus no mundo e no coração das pessoas”, afirmou o padre Leonel Vieira, natural das Furnas e que irá continuar a desenvolver o seu sacerdócio junto das comunidades das Fontinhas e da Agualva, na ilha Terceira, ouvidoria da Praia da Vitória.
Já o padre André Furtado, natural da Lagoa, ilha de São Miguel, diz querer ser “um homem capaz de fazer a ponte entre Deus e os homens , levando-os até Deus”.
“Vai ser um caminho com dificuldades, mas espero trabalhar para que esta Igreja seja um enorme coração que escuta, presente nas horas de alegria e principalmente nas horas de dor. Como ministro da Igreja devo fazer esta ligação do povo com Deus” disse ainda.
De olhos postos nas comunidades está também o padre Rui Pedro Soares.
“Agora são estas mas estou disponível até ao fim para aquelas que me forem confiadas, enquanto Deus me der saúde e vida, abraçando tudo o que me for dado como jesus fez na Cruz”, referiu.
O grande desafio, referiu, por seu lado, o bispo de Angra, para estes jovens que hoje foram ordenados “é ser fiel ao Deus que Chama a este amor que hoje aqui celebrámos e que é sem medida por cada um de nós”.
“Quando um jovem encontra vocação, seja ela qual for, é sempre motivo para louvar a Deus e hoje esta belíssima assembleia louvou a Deus” enfatizou o prelado no final da celebração, em declarações aos jornalistas.
“O desafio da fidelidade que se coloca a todos nós é sermos neste mundo fantástico, cheio de desafios, mesmo quando a Igreja às vezes parece uma nau, uma barca que enfrenta ondas mais altas, o rosto do amor de Deus”, diz ainda D. Armando Esteves Domingues.
“Jesus é o nosso único programa e é isso que eu espero que eles tenham no seu coração” disse ainda o prelado pedindo-lhes liberdade e disponibilidade para esta missão.
“Eles são jovens- oxalá libertos e disponíveis- a Jesus que é o nosso único programa num tempo e num espaço em grande mudança”, salientou.
“Eles têm todas as condições para, em conjunto com este presbitério, podermos operar esta reforma que o Sínodo tem trazido à Igreja e que é o caminho que temos de trilhar na diocese”, referiu ainda apelando às famílias para serem agentes cooperadores destas mudanças.
“É nelas que se operam as grandes vocações e por isso todas as mudanças que são necessárias para que cada vez mais jovens possam sentir-se atraídos por Jesus. Por isso, os novos sacerdotes têm de trabalhar com as famílias e contribuir para a criação de comunidades maduras”, concluiu.
Depois da celebração houve um breve convívio. As missas novas dos sacerdote recém ordenados serão amanhã, na Lagoa e nos dias 7 e 8 nas Furnas.