Responsável pela cúria juvenil diocesana do Movimento da Legião de Maria participou com mais nove legionários na Peregrinação Nacional em Fátima
São vistos como uma espécie de “exército” nas paróquias mas quem é membro do movimento de Apostolado legião de Maria prefere dizer que ser legionário é “servir Maria na comunidade e estar com Maria na comunidade”.
“Este é o tema e a vontade: ser a extensão de Maria, os braços, os pés, o coração, o colo de Maria e é isto que me satisfaz neste movimento: ser o rosto de uma igreja em saída, missionária ao serviço dos que mais precisam” disse esta tarde ao Igreja Açores Odilía Reis, legionária desde que se conhece e atualmente responsável pela Cúria Juvenil do Movimento na diocese de Angra. Juntamente com mais nove legionários participou este sábado na Peregrinação Anual da Legião de Maria, que se realizou em Fátima, no Centro Pastoral de Paulo VI, reunindo mais de dois mil legionários de todo o país e que terminou com uma Missa na Basílica da Santíssima Trindade.
O carisma do movimento, que termina este ano a comemoração do seu centenário, as partilhas entre legionários e os desafios futuros depois da pandemia, foram temas que estiveram no centro da reflexão deste movimento de apostolado, que como tantos outros, é composto maioritariamente por senhoras.
Nos Açores o movimento está presente há 50 anos e atualmente tem “praesidia”(estrutura dirigente) apenas em São Miguel, Terceira e Faial. O envelhecimento dos seus membros é uma preocupação.
“Felizmente vamos tendo jovens, mas menos do que tivemos no passado” reconhece Odilía Reis. “Isso dá-nos esperança, mas era bom que existissem mais jovens” acrescenta, salientando que a grande dificuldade é o “compromisso”.
“A Legião exige compromisso e isso não é fácil porque os jovens gostam de coisas mais leves e mais momentâneas” adianta referindo-se ao esforço despendido pelos legionários que todas as semanas, depois de uma reunião, com muita oração, partem dois a dois para a Missão junto da comunidade, “sobretudo dos que mais precisam de apoio moral, espiritual ou de simples companhia”.
“Há muitas propostas e para nós legionários há que saber discernir: construir a minha relação com Deus e anunciar o Seu projeto de salvação junto dos outros, num verdadeiro compromisso fiel de evangelização” acrescentou o assistente diocesano, padre Maximino Rodrigues.
“O compromisso exige fidelidade, isto é, que diariamente eu consiga renovar essa disponibilidade para Deus e para os outros e isso não é fácil” diz o sacerdote, ao reconhecer que a sociedade atual tem outros “apelos”.
“A disponibilidade e a entrega total sem condicionalismos é o carisma principal deste movimento que procura servir na comunidade”, acrescenta o sacerdote.
“Nós reunimo-nos para rezar, mas o serviço é o nosso principal instrumento de evangelização” avança Odília Reis, de preferência “sem alarido e isso é visível com os nossos jovens que servem junto de lares, por exemplo”.
A Legião de Maria é uma associação internacional de leigos católicos, sob a proteção de Nossa Senhora e com aprovação da Igreja, que pela oração e pelo trabalho ativo apostólico, promove a santificação dos seus legionários. A celebrar este ano os 100 anos da sua fundação – a 7 de Setembro de 1921, em Dublin, na Irlanda – a Legião de Maria marcou para este sábado a peregrinação nacional ao Santuário de Fátima.
O encontro do próximo ano está marcado para o terceiro sábado de outubro, a 21.