O professor Luigino Bruni, diretor científico da iniciativa «Economia de Francisco», disse, hoje, que o empreendedorismo “deve ser juvenil” e contagiar o mundo de “forma positiva”.
Na atividade online «Viver a Economia de Francisco», promovida pela Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), da Conferência Episcopal Portuguesa e realizada este sábado, das 15h00 às 17h00, o responsável referiu que “milhares de jovens ficaram envolvidos nesta proposta identitária” e que o “segredo é a gratuidade”, se esta falta a “eles vão-se embora”.
O diretor científico do evento internacional, promovido pelo Papa Francisco e realizado de 19 a 21 de novembro, em Assis (Itália) disse neste webinar (conferência online com intuito educacional) que é necessário uma “revolução antropológica” e a “economia de Francisco é um sinal de esperança”.
“Os jovens procuram espiritualidade e profundidade”, acentuou Luigino Bruni.
Numa mensagem que marcou o encerramento do evento online «A Economia de Francisco», o Papa argentino apelou à criação de uma “narrativa económica diferente”, com a ajuda das novas gerações.
No início da sessão, o presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz, Pedro Vaz Patto, realçou que o Papa Francisco lança “mensagens proféticas” para a humanidade e que a sociedade necessita urgentemente de “uma economia que não mate”.
A iniciativa da CNJP teve também testemunhos de participantes portugueses do evento «Economia de Francisco» – Rita Sacramento Monteiro, Marta Bicho, Francisco de Almeida Maia.
Os cidadãos devem concentrar “as suas ações no amor social” porque a “complexa crise que se vive e a pressão deve mudar os comportamentos”, sublinhou Rita Sacramento Monteiro.
O espírito de Assis “marca e vai marcar a humanidade nos próximos tempos”, acentuou.
“Preparar os corações para a busca da paz” e “ou nos salvamos todos ou não se salva ninguém” foram apelos de Rita Monteiro.
Os “mais frágeis batem na porta do coração”, por isso é fundamental concretizar as diretivas “desconcertantes” do Papa Francisco.
Marta Bicho que participou também no encontro «A Economia de Francisco» disse que “é fundamental passar das ideias à prática” porque para além “da crise económica”, esta é também “humana”.
“O lado financeiro não deve estar no centro das preocupações”, pediu.
“A economia de Francisco é um compromisso para vida” e o Papa argentino “dá chaves para um caminho mais humano”, acrescenta Francisco Maia.
O projeto de reflexão e debate «A Economia de Francisco» uniu economistas, empresários, empreendedores e estudantes com menos de 35 anos, de 120 países, após mais de um ano de preparação.
(Com Ecclesia)