“O catequista sendo um discípulo não só ensina o que sabe mas, sobretudo, o que vive”- Cónego Hélder Fonseca Mendes

Congresso da Catequese convocado pelo Papa termina este sábado em Roma

Termina este sábado, na cidade do Vaticano, o Congresso Mundial da Catequese que tem como tema ‘O catequista, testemunha da vida nova em Cristo’, com o encontro com o Papa Francisco e os Catequistas presentes, oriundos de mais de 80 países.

O Congresso, que surge no contexto da publicação o novo Diretório Geral da Catequese, publicado em 2020 e da criação do ministério do catequista em 2019, propõe uma reflexão sobre a catequese não apenas no sentido do ensino racional mas, sobretudo, de um modo de ser e de estar como batizado, que age sob a ação do Espirito Santo.

“Este congresso é muito importante pois o catequista sendo um discípulo não só ensina o que sabe mas, sobretudo, o que vive” afirmou esta noite ao Igreja Açores o Administrador Diocesano que participa no congresso, em representação da diocese de Angra e a convite do Secretariado Nacional da Catequese, integrando assim a comitiva nacional.

“Há questões muito interessantes aqui levantadas que se prendem por exemplo com a atualidade dos mandamentos e das bem-aventuranças”, numa sociedade que hoje é necessariamente diferente no seu modo de ser e na sua cultura, refere o cónego Hélder Fonseca Mendes sublinhando a existência de desafios.

“É essencial equacionarmos o modo como podemos comunicar a fé” , o que só se consegue através da “confiança, do afecto, do amor e da amizade”, referiu ainda.

Depois de uma pausa determinada pela emergência sanitária mundial, é retomado este momento de formação/reflexão, encontro e partilha entre todos os seus destinatários, como são os responsáveis da catequese e os catequistas.

Este encontro deu, de resto, continuidade aos dois congressos anteriores, sobre a primeira e a segunda parte do Catecismo da Igreja Católica, realizados em 2013 e em 2018, no Vaticano.

“Há valores sobre os quais importa refletir: a liberdade, igualdade e fraternidade” recorda o sacerdote.

Identificados como ideais da revolução francesa são “muito evangélicos”, refere ainda o Administrador Diocesano: “Cristo dá-nos uma total liberdade, com Ele deixa de haver escravos e todos são iguais e pelo batismo todos somos irmãos em Cristo. Temos um criador e pai comum; somos iguais na mesma dignidade, os ministérios é que mudam” adianta ainda.

“É muito importante que a catequese seja compreendida como uma vida nova em Cristo; um modo e estilo de vida feito a partir desta vida nova em Cristo”, conclui.

O terceiro Congresso Internacional de Catequistas, com o tema ‘O catequista, testemunha da vida nova em Cristo’, é organizado pelo Dicastério para a Evangelização (Santa Sé), e termina com a participação do Papa Francisco.

Os trabalhos começaram com a conferência de D. Rino Fisichella, o colaborador do Papa responsável pela organização do Jubileu 2025, que refletiu sobre o tema do congresso. Para além das conferências nos três dias, constam vários workshops e ateliês temáticos por grupos linguísticos.

 

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