Exposição reúne peças de vários séculos, algumas das quais ainda ao serviço do culto
O Museu de Arte Sacra da Horta inaugurou esta terça feira a primeira exposição de Custódias da ilha do Faial.
A exposição com 16 custódias, que decorrerá entre 12 de abril e 10 de junho, foi inaugurada pelo Núncio Apostólico da Santa Sé em Lisboa, e dela constam custódias das 13 paróquias da Ilha, uma da Ordem Terceira de São Francisco, uma da Ordem Terceira do Carmo e uma da Diocese de Angra, tesouros que abrangem o período entre os séculos XVI e XIX. Cinco destas custódias estão musealizadas; outras cinco pertencem ao espólio do Museu de Arte Sacra da Horta e as restantes estão nas paróquias e ao culto.
“A exposição “As Custódias da Ilha do Faial” pretende transmitir a forma como os faialenses têm expressado a sua devoção ao Santíssimo Sacramento ao longo dos séculos”, explicou ao Igreja Açores o diretor do Museu, padre Marco Luciano Carvalho.
“Estas custódias são um testemunho material da grande fé e culto ao Santíssimo Sacramento nas paróquias da Ilha do Faial e da nossa Diocese”, acrescenta o sacerdote lembrando que através deste horizonte temporal, inscrito entre os séculos XVI, data da custódia da diocese que estará em exposição, e o século XIX onde se inscrevem algumas das restantes custódias, “as peças falam-nos da Igreja como fiel depositária de um vastíssimo património de arte sacra que urge preservar”.
“O Museu de Arte Sacra da Horta não pode ser um depósito de coisas antigas”, prossegue o padre Marco Luciano Carvalho.
“O património sacro é gerado num contexto litúrgico ou salvífico. Juntamente a uma dimensão artística, histórica e cultural que importa realçar, pois para além das tradicionais funções museológicas de investigação, incorporação, inventariação e conservação, este é um espaço de divulgação do rico património sacro material e imaterial da realidade arquipelágica a que pertencemos” conclui.
O Museu de arte Sacra da Horta , outrora Museu de Arte Sacra e Etnografia Religiosa, é um espaço museológico localizado na cidade e concelho da Horta, na ilha do Faial, nos Açores e tem o seu acervo instalado nas dependências da Igreja de Nossa Senhora do Carmo.