D. António Augusto Azevedo tem «conhecimento das pessoas e da realidade diocesana»
D. António Augusto Azevedo recebeu com “humildade, disponibilidade” e “sentido da grande responsabilidade” o novo desafio a que foi chamado pelo Papa Francisco na nomeação divulgada hoje para bispo auxiliar do Porto.
“Recebi esta nomeação com a humildade própria de quem acolhe um chamamento de Deus e da Igreja, com a disponibilidade necessária para corresponder a este grande desafio que o Papa Francisco me faz e para servir a Igreja do Porto”, explica à Agência ECCLESIA.
D. António Augusto Azevedo foi nomeado hoje bispo auxiliar do Porto e manifesta ainda o “sentido da grande responsabilidade” que significa ser sucessor dos Apóstolos e “testemunha da fé em Jesus Cristo no tempo de hoje”.
Sem concretizar, o prelado disse que a data da ordenação episcopal vai ser “anunciada nos próximos dias” e revela que escolheu como lema episcopal «Cantarei eternamente as misericórdias do Senhor», do Salmo 89.
“Escolhi-o porque traduz o meu sentimento e corresponde à minha atitude e propósito de ser testemunha alegre da Boa Nova da misericórdia de Deus”, contextualiza.
A nomeação no Ano Santo da Misericórdia é para o bispo auxiliar eleito uma “coincidência muito feliz e significativa” mas sobretudo “uma graça muito grande”.
A vida, a vocação, acrescenta, “têm sempre algo de misterioso e surpreendente” e devem ser compreendidas no “mistério da misericórdia infinita de Deus”.
Natural desta diocese, o até agora reitor do Seminário Maior admite que existem “algumas vantagens” por ter sido escolhido um sacerdote desta Igreja “pelo conhecimento das pessoas e da realidade diocesana”, mas presta a homenagem aos vários bispos auxiliares de outras dioceses que “serviram e servem” o Porto “deixando marca”.
Os bispos do Porto na mensagem à diocese convidam a celebrar “a gratidão e a esperança” por esta nomeação e destacam a “multifacetada experiência pastoral” de D. António Augusto Azevedo pelos diversos serviços realizados desde a sua ordenação, a 13 de julho de 1986.
O novo bispo junta-se a D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto desde fevereiro de 2014, e a D. António Maria Bessa Taipa e D. Pio Alves, auxiliares na diocese mais populosa do país.
D. António Augusto Azevedo, natural de Avioso (Concelho da Maia), foi ordenado padre a 13 de julho de 1986 e tem um doutoramento em Filosofia na Universidade Pontifícia Gregoriana, de Roma.
O sacerdote lecionou na Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portuguesa (UCP), no Centro de Cultura Católica e no Curso de Pastoral do Seminário Maior, sempre no Porto, tendo colaborado ainda com a Escola de Direito e da Faculdade de Educação e Psicologia da UCP e colaborou com vários movimentos e atividades laicais.
Várias missões desempenhadas sempre com “muita alegria e espírito de serviço e comunhão”, afirma o prelado de 53 anos.
O serviço no Seminário Maior do Porto, primeiro como Prefeito e agora Reitor, ajudaram a “conhecer melhor uma nova geração de padres”.
“Ajuda a ter uma noção mais real das potencialidades e fragilidades de cada um. Acima de tudo permite ir acompanhando o que Deus vai fazendo em cada um deles, o que me dá uma profunda confiança no futuro do clero do Porto e também de Vila Real e Coimbra”, assegura.
D. António Augusto Azevedo foi nomeado bispo com o título de Cemeriniano, uma antiga diocese do norte de África, na atual Argélia.
CR/Ecclesia