Margaret Karram quer trabalhar pela unidade dos cristãos e pelo diálogo com todos
Margaret Karram, 58 anos, árabe nascida em Haifa (Norte de Israel), católica e licenciada em Judaísmo pela Universidade Hebraica de Los Ángeles (Estados Unidos), é a nova presidente do Movimiento dos Focolares, noticia o SeteMargens, citando um comunicado da organização enviado à revista italiana Famiglia Cristiana.
Karram foi eleita no domingo, 31 de Janeiro, na assembleia geral que decorreu numa plataforma virtual, e o seu nome foi ratificado na segunda-feira pelo Dicastério para os Leigos, a Família e a Vida, como estabelecem os estatutos dos focolares.
Margaret Karren foi eleita por seis anos e sucede a Maria Voce, que esteve 12 anos no cargo, depois da morte da fundadora, Chiara Lubich.
Na primeira declaração após a eleição, Margaret Kerram afirmou: “O que tenho no coração para estes próximos seis anos é poder viver sempre cada vez mais a herança que Chiara [Lubich, a fundadora dos focolares] deixou: ‘Sejam uma família’, no verdadeiro sentido da palavra, porque só assim poderemos realizar aquele objectivo específico que é a unidade.”
“O principal compromisso da presidente é construir pontes e ser porta-voz da mensagem central da espiritualidade dos Focolares, pronta a praticá-la e a difundi-la, mesmo à custa da sua própria vida”, diz um comunicado da organização, citado na revista italiana semanal Famiglia Cristiana.
A personalidade e o percurso de Karram têm muito a ver com a dimensão mundial e inter-religiosa dos Focolares: falante de árabe, hebraico, italiano e inglês, a nova presidente dos Focolares já teve responsabilidade em estruturas do movimento em Los Angeles e em Jerusalém, colaborou em comissões e organizações para a promoção do diálogo entre cristãos, judeus e muçulmanos, como a Comissão Episcopal para o Diálogo Inter-religioso ou o Conselho de Coordenação Inter-religioso de Israel.
Durante 14 anos Kerram trabalhou no Consulado Geral de Itália em Jerusalém e desde 2014 que está no centro internacional do movimento, como conselheira para a Itália e Albânia e co-responsável pelo Diálogo entre Movimentos Eclesiais e Novas Comunidades Católicas.
Kerram recebeu, em 2013, o Prémio Monte Sião para a reconciliação, juntamente com a investigadora judia Yisca Harani, pelo seu empenho no diálogo entre diferentes culturas e religiões. Em 2016, foi também distinguida com o Prémio Internacional Santa Rita, por fomentar o diálogo entre cristãos, judeus, muçulmanos, israelitas e palestinianos, a partir da sua própria vida quotidiana.
Saliente-se que as regras deste movimento estabelecem que a sua responsável máxima deve ser uma mulher, consagrada através de votos perpétuos. O movimentos dos focolares está presente em 182 países.
(Com SeteMargens)