O Papa disse hoje no Vaticano que a celebração do Natal é, este ano, um “sinal de esperança” em tempos de pandemia.
“Mesmo neste Natal, no meio dos sofrimentos da pandemia, Jesus, pequeno e indefeso, é o ‘sinal’ que Deus dá ao mundo”, referiu, ao receber no Palácio Apostólico as delegações de Castelli de Abruzzo (Itália) e do município de Kocevje, no sudeste da Eslovénia, para a entrega da árvore de Natal e do presépio instalados na Praça de São Pedro.
Francisco agradeceu pela oferta destes dois “ícones” do Natal.
“Nunca como este ano, são um sinal de esperança para os romanos e para os peregrinos que terão a oportunidade de os vir admirar”, assinalou.
Num discurso divulgado pelo Vaticano, o Papa convidou a “viver com fé o mistério do nascimento do Redentor”, imitando a simplicidade das figuras que o acompanharam.
“No presépio, tudo fala de ‘boa’ pobreza, pobreza evangélica, que nos torna bem-aventurados: contemplando a Sagrada Família e as várias personagens, somos atraídos pela sua humildade desarmante”, observou.
“Nossa Senhora e São José vieram de Nazaré para Belém. Não há lugar para eles, nem mesmo uma pequena sala (cf. Lc 2,7); Maria escuta, observa e guarda tudo no seu coração (cf. Lc 2,19,51). José procura adaptar um lugar para ela e para o Menino que está para nascer. Os pastores são protagonistas no presépio, como no Evangelho. Eles vivem ao ar livre, vigiam. O anúncio dos Anjos é para eles, e vão imediatamente ao encontro do Salvador que nasceu (cf. Lc 2, 8-16)”.
Francisco disse que a festa de Natal convida todos a sentir-se “pequenos, pobres e humildes como os personagens do presépio”.
“Sinal admirável, como começa a Carta sobre o presépio que assinei há um ano em Greccio. Será bom relê-la nestes dias”, recomendou.
O presépio e a iluminação da árvore de Natal na Praça de São Pedro são inaugurados esta tarde, pelos responsáveis do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, cardeal Giuseppe Bertello e D. Fernando Vérgez Alzaga.
De Castelli chega este ano um presépio em cerâmica, com imagens maiores do que o tamanho natural, numa criação de “arte contemporânea que tem raízes na própria produção local”, destaca o portal ‘Vatican News’.
As imagens estão colocadas lateralmente a uma plataforma luminosa de cerca de 125 metros quadrados, que envolve parte do obelisco com uma pequena inclinação.
Já a árvore de Natal é em 2020 um abeto-falso (Picea Abies), de 28 metros de altura e 70 centímetros de diâmetro, vinda do sudeste da Eslovénia.
(Com Ecclesia)