Francisco preside a seis celebrações, entre 25 de dezembro e 12 de janeiro do próximo ano
O Vaticano divulgou o calendário das celebrações do Papa no próximo Natal, que se iniciam a 24 de dezembro, pelas 19h00 (18h00 em Lisboa), na Basílica de São Pedro, com a Missa e abertura da Porta Santa do Jubileu 2025.
“Estabeleço que a porta santa da Basílica de São Pedro, no Vaticano, seja aberta a 24 de dezembro do corrente ano de 2024, iniciando-se assim o jubileu ordinário”, escreve Francisco, na bula de proclamação do próximo Ano Santo.
O texto, intitulado ‘Spes non confundit’ (A esperança não desilude), anuncia solenemente o início e fim das celebrações do 27.º jubileu ordinário da história da Igreja.
Já no dia de Natal, ao meio-dia de Roma, o Papa concede a tradicional bênção ‘Urbi et Orbi’ (à cidade e ao mundo), desde a varanda central da Basílica de São Pedro.
O Papa vai abrir uma porta santa e presidir à Missa na prisão de Rebibbia, em Roma, a 26 de dezembro, pelas 09h00, num gesto inédito na história dos Jubileus.
A 31 de dezembro, pelas 17h00 locais, Francisco preside às I vésperas da solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus, com ‘Te Deum’ em “ação de graças pelo ano que decorreu”.
A 1 de janeiro de 2025, o Papa preside à Missa, a partir das 10h00 de Roma, no 58.º Dia Mundial da Paz.
Ainda dentro do ciclo de celebrações de Natal, Francisco assinala a solenidade da Epifania, a 6 de janeiro, com a Missa na Basílica de São Pedro, pelas 10h00 locais.
O calendário conclui-se a 12 de janeiro, na Capela Sistina, por ocasião da festa do Batismo do Senhor, em que o Papa batiza várias crianças, a partir das 09h30.
Francisco determina que, a 29 de dezembro de 2024, em todas as catedrais, os bispos diocesanos celebrem a Missa como abertura solene do ano jubilar.
O Papa apelou hoje à alegria e oração dos católicos na preparação do Natal, assinalando o início do tempo litúrgico do Advento, no próximo domingo.
“Exorto-vos a todos a viver este tempo forte com uma oração vigilante e uma esperança ardente”, disse, no final da audiência pública semanal.
Antes, ao saudar os peregrinos na Praça de São pedro, Francisco convidou a viver o Advento, “tempo de graça, irradiando a alegria que é fruto do encontro com Jesus.
A Igreja Católica assinala no próximo domingo o início de um novo ano no seu calendário litúrgico, que começa com o chamado tempo do Advento, compreendendo os quatro domingos anteriores ao Natal.
As três primeiras semanas, que recordam especialmente a segunda e última vinda de Cristo à Terra, esperada pelos cristãos para o fim dos tempos, tornam o Advento num tempo penitencial marcado pelo convite à vigilância, arrependimento e reconciliação com Deus.
A partir de 17 de dezembro a liturgia adventícia, pautada pela cor roxa, acentua a festa do nascimento de Jesus, o Natal, que os católicos assinalam a 25 de dezembro.
As leituras bíblicas proclamadas nas missas evidenciam as figuras bíblicas do profeta Isaías, de João Batista, precursor de Cristo, e de Maria, mãe de Jesus.
As manifestações do Advento, palavra de origem latina que significa “vinda” ou “chegada”, expressam-se na coroa de ramos verdes com quatro velas, que se acendem aos domingos, bem como na armação do presépio, entre outras práticas.
O tempo do Natal, que se lhe segue, termina a 12 de janeiro de 2025, dia em que o calendário litúrgico evoca o Batismo de Jesus.
Na reflexão desta manhã, o Papa destacou a “alegria” como fruto do Espírito Santo.
“Ao contrário de qualquer outra alegria que possamos experimentar nesta vida, que no final será sempre passageira, a alegria evangélica não está sujeita ao tempo, pode ser renovada todos os dias e torna-se contagiosa. Além disso, a sua partilha com os outros fá-la crescer e multiplicar-se”, indicou.
Francisco recordou a vida de santos como São Filipe Neri, que “soube dar testemunho do Evangelho contagiando todos com a sua alegria, bondade e simplicidade de coração”.
A palavra Evangelho significa notícia feliz. Por isso, não pode ser comunicada com olhares de soslaio e semblante sombrio, mas com a alegria de quem encontrou o tesouro escondido e a pérola preciosa”.
O Papa saudou depois os vários grupos presentes, incluindo os peregrinos de língua portuguesa.
“Deixemos que os nossos corações sejam preenchidos pela alegria do Evangelho, conscientes de que quanto mais a partilharmos com os outros, tanto mais estaremos cheios dela. Deus vos abençoe”, disse.
Francisco anunciou que, a partir da próxima semana, a audiência geral passa a contar com tradução em chinês, que se soma assim às intervenções em italiano, francês, inglês, alemão, espanhol, português, polaco e árabe.
(Com Ecclesia e Vatican News)