Programa de atividades prevê várias exposições temporárias e visitas guiadas
Levar pessoas ao Museu, locais e forasteiros que estejam de passagem e cimentar um roteiro turístico de arte sacra na ilha, concentrando-a num só espaço, constituem dois grandes desafios definidos para este ano pela direção do Museu de Arte Sacra da Horta. Por isso, o Museu vai implementar as visitas guiadas em inglês para atrair estrangeiros que estejam na ilha, mas também visitas para as comunidades escolares de toda a ilha.
A grande novidade deste ano é que o Museu chegou finalmente a um entendimento com o Museu da Horta, para expor o património de arte sacra que se encontra no museu regional. Este era um objetivo há muito traçado pela direção do Museu de Arte Sacra a que a Direção Regional da Cultura ainda não tinha dado seguimento.
O ano promete assim ser de grandes desafios, com várias exposições na forja. A primeira, já no próximo mês, desenvolve uma teologia do martírio e permitirá ver imagens de santos, vítimas do martírio. A exposição integra-se no programa comemorativo do centenário da Festa de Santa Cecília.
Numa parceria com o Museu da Horta, será ainda promovida uma exposição de pintura contemporânea, com quadros alusivos à Paixão de Cristo. Mais próxima do Natal será desenvolvida a exposição com estatuária de Meninos Jesus.
Durante o ano, o Museu irá ter uma exposição sobre piedade popular, sendo a pretensão expor as coroas mais antigas dos impérios da ilha do Faial.
O espaço museológico, aberto a 15 de junho de 2021, distribui-se por três salas da Igreja do Carmo, um edifício amplo e que tem sido alvo de obras de restauro e reabilitação pela Ordem Terceira do Carmo, com o apoio de entidades públicas nomeadamente autarquia e Governo Regional.
O Museu reúne as peças que faziam parte do Convento de São Francisco e que se encontravam inventariadas, à guarda do Museu da Horta, juntando o património da Ordem Terceira do Carmo, Ordem Terceira de São Francisco e outras peças, diocesanas e da ilha do Pico.
O Museu possui uma sala de exposição permanente e duas outras com exposições temporárias e conta no seu espólio com peças de estatuária, ourivesaria e paramentaria, de entre as quais se destacam uma coleção de esculturas flamengas do século XVI e outras estátuas religiosas dos séculos XVII e XVIII, talha dourada, azuleijaria e pintura. Realça-se, ainda, o mobiliário sacro, a paramentaria do século XVIII e as pratas dos séculos XVI, XVII e XVIII.