Francisco destacou importância de viverem «a caridade com todos»
O Papa Francisco disse hoje a 40 Bispos Orientais Católicos na Europa que são chamados a ser “artesãos de diálogo, promotores de reconciliação, construtores pacientes de uma civilização de encontro”, numa audiência, no Vaticano.
“Enquanto muitos são absorvidos pela espiral da violência, pelo círculo vicioso de demandas e contínuas acusações mútuas, o Senhor deseja-nos semeadores do Evangelho do amor”, explicou, observando que “muitas desigualdades e divisões ameaçam a paz”.
Aos Bispos Orientais Católicos na Europa, o Papa Francisco disse que “acima de tudo e em tudo” ajudem-se “a viver a caridade para com todos”.
“Quando nos inclinamos juntos do irmão que sofre, quando nos aproximamos daqueles que sofrem a solidão e a pobreza, quando nos concentramos nos marginalizados, como crianças que não veem a luz, os jovens privados de esperança, famílias tentadas a se desintegrar, anciãos doentes ou descartados, já caminhamos juntos em caridade que cura divisões”, desenvolveu.
Neste contexto, observou que se estão a preparar para “habitar o único céu”: “O Senhor não pedirá um relato de quais e quantos territórios permaneceram sob a nossa jurisdição”.
‘A Missão ecuménica em nossos dias’ foi o tema do encontro anual dos Bispos Orientais Católicos da Europa, que este ano se realizou em Roma, e terminou com a audiência do Papa no Vaticano.
“Este encontro, organizado sob o patrocínio das Conferências Episcopais da Europa, demonstra a riqueza ritual da Igreja Católica no continente europeu, que não é limitada à tradição latina. Entre vocês, encontram-se representantes de diferentes Igrejas da tradição bizantina, da amada Ucrânia, mas também do Oriente Médio, Índia e outras regiões, que atuam nos países europeus”, assinalou Francisco.
O Papa lembrou a sua viagem apostólica à Roménia onde presidiu à beatificação de sete bispos-mártires da Igreja Católica Grega romena e assinalou também que o Concílio Ecuménico Vaticano II e o Código dos Cânones das Igrejas Orientais recordam que são “depositários de uma missão específica no caminho ecuménico”.
(COM ECCLESIA)