Equipa renovada é composta por elementos que “cresceram na fé” dentro do MMF
Rejuvenescer o Movimento e aliciar os jovens para a Mensagem de Fátima constituem dois dos principais objetivos dos novos membros do secretariado diocesano do Movimento da Mensagem de Fátima (MMF) que acaba de ser nomeado pelo Bispo de Angra.
Nélson Gonçalves, Cristina Teles, João Carlos Bretão, Alberto Borba Gonçalves, Olívia Rebelo (doentes), Manuel Almeida (peregrinações), Silvana Luís (jovens) e José Duarte Soares (crianças) são os novos dirigentes diocesanos, nomeados no passado dia 9 de abril até 2017,por D. António de Sousa Braga, na sequência da morte de Davide Fagundes que tinha assumido a liderança do MMF no mês de dezembro. O assistente espiritual do MMF a nível diocesano é o Pe Júlio Rocha.
“Nós crescemos dentro do MMF, embora muitos de nós nos tivéssemos afastado durante algum tempo. Agora, regressamos com vontade de trabalhar e de chamar gente nova para o movimento que tem um problema de envelhecimento, como a maior parte dos movimentos eclesiais” disse ao Sítio Igreja Açores o novo presidente, Nelson Gonçalves.
“Ainda é cedo para dizer com clareza que caminhos vamos trilhar: para já estamos a tentar organizar-nos, perceber os cantos da casa e neste ano zero, digamos assim, vamos ter como prioridade a organização das peregrinações, pensando já no próximo plano de atividades”, referiu.
A primeira peregrinação é a das crianças, no próximo dia 10 de junho e, neste momento, a equipa está a tentar perceber se há ou não há condições para a fazer. De resto, foram contactados todos os núcleos do MMF em São Miguel, Terceira e São Jorge, onde o Movimento está ativo, e só “depois será avaliado se há ou não condições para avançar”.
Seguem-se as peregrinações nacional e dos doentes, entre 15 e 20 de julho e 9 a 14 de agosto, respetivamente. A peregrinação nacional divide-se em dois momentos: de 15 a 17 de julho os peregrinos passarão por Tui e Pontevedra (Espanha) e os restantes dias em Fátima. De cada vez que o grupo se desloca são 50 os participantes. Nestas duas últimas peregrinações há uma forte participação do MMF em São Miguel.
“Contamos com a participação de todos os açorianos mas é natural que o Movimento tenha mais peregrinos nas ilhas onde está mais ativo”, esclarece Nelson Gonçalves que quer que o Movimento “seja mesmo diocesano”.
“O nosso grande objetivo é dinamizar o movimento trazendo gente nova. Não é que os mais velhos não façam falta – fazem com certeza- mas até para que haja continuidade temos de aliciar os jovens, o que não é fácil porque hoje há muita dificuldade para assumir compromissos mais ou menos duradoiros, mas eles são fundamentais para trabalharem nas paróquias”, sublinha.
“Se calhar temos de começar logo pela forma como divulgamos a mensagem. Ela é muito atual mas a forma como tem chegado se calhar afasta os mais novos. Fala-se muito do Santuário e pouco da Mensagem de Fátima propriamente dita e ela tem uma enorme atualidade”, esclarece o dirigente.
“O essencial da mensagem de Fátima é o apelo à conversão; à oração; ao sacrifício” frisa Nelson Gonçalves lembrando que “é preciso pensar em rezar mais pela salvação do mundo e pela fé dos homens”, adaptando isso “aos nossos dias” o que exige um esforço “de saída, em busca do encontro”.
“Família que reza em conjunto permanece unida… julgo que ninguém tem dúvidas à cerca disto”, diz o responsável sublinhando que a “oração é o núcleo da Mensagem de Fátima” e, por isso, se “conseguirmos que cada família, cada paróquia reze em conjunto já estamos a honrar a Mensagem de Fátima”, adianta ainda.
“Temos de ser capazes de sair do esquema da nossa oração individual e contagiar os outros” sem “constrangimentos nem disputas com outros movimentos”, diz.
“O MMF é um ponto de apoio para a evangelização. Aproveitar o fenómeno de Fátima para evangelizar e espalhar a mensagem de Jesus só pode ser o nosso principal objetivo”, conclui Nelson Gonçalves.
O Movimento da Mensagem de Fátima, que está presente em todas as dioceses do país, incluindo as das regiões autónomas, remonta a 1926, altura em que o cónego Manuel Formigão criou a “Associação de Nossa Senhora do Rosário” cuja finalidade era ajudar os seus membros a “conhecer, viver e difundir a Mensagem de Fátima”.
Passados dois anos o Bispo de Leiria transformou-a na Confraria de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, aprovando os seus Estatutos e em 1934, o Episcopado português, reunido em Assembleia Geral no Santuário de Fátima, aprova os primeiros Estatutos que transformam esta Confraria na “Pia União dos Cruzados de Fátima”. Em 1984, altera-se de novo o seu nome para Movimento dos Cruzados de Fátima e só dez anos mais tarde, em 1994, é que fica consagrado o nome de Movimento da Mensagem de Fátima.
Mensagem de Fátima “é um convite e uma escola de salvação, iniciada pelo Anjo da Paz (1916) e completada por Nossa Senhora (1917), tendo sido vivida de maneira histórica pelos Três Pastorinhos – Lúcia, Francisco e Jacinta”, diz a página oficial do Movimento .
A mensagem de Fátima sublinha a necessidade da conversão permanente, da oração e do sentido da responsabilidade coletiva bem como a prática da reparação.
A aceitação desta mensagem traz consigo a Consagração ao Coração Imaculado de Maria, que é símbolo de um compromisso de fidelidade e de apostolado.
Oração, Peregrinos e Doentes são Campos de Pastoral que o Movimento assume ao procurar entender os pedidos de Nossa Senhora em Fátima e as manifestações dos primeiros peregrinos que acorriam à Cova da Iria.
Atualmente o Movimento da Mensagem de Fátima está particularmente ativo nas lhas Terceira, São Jorge e São Miguel.